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Europa

Brasileiro é denunciado por morte de 3 mulheres em Portugal

8 fev 2017 - 20h24
(atualizado às 20h25)
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Foto: Reprodução

O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu hoje (8) denúncia contra o pedreiro Dinai Alves Gomes, de 35 anos, por triplo feminicídio, tripla ocultação de cadáver e roubo. Ele é apontado como o autor do assassinato de três brasileiras que viviam em Portugal.

O feminicídio é o assassinato de mulheres por motivo de gênero, derivado geralmente do ódio, desprezo ou do sentimento de propriedade sobre elas. O crime é previsto no Código Penal e também na Lei Maria da Penha.

A capixaba Thayane Milla Mendes Dias e as irmãs mineiras Michele Santana Ferreira e Lidiana Neves Santana foram encontradas mortas em agosto de 2016. Elas moravam juntas com Dinai em Portugal e estavam desaparecidas desde fevereiro. Os corpos foram localizados dentro de um barril com água, no interior de um pet shop em Lisboa, onde Dinai trabalhava.

A denúncia se baseou em inquérito concluído pela Polícia Federal brasileira no mês passado. Conforme as investigações, que se deram com a cooperação da polícia portuguesa, os crimes aconteceram no distrito de Cascais, em Lisboa. Dinai trabalhava como encarregado geral no pet shop. Ele mantinha um relacionamento com Michele e, ao mesmo tempo, possuía uma filha e uma namorada no Brasil, que teria lhe avisado em janeiro a antecipação de uma viagem à Portugal prevista para fevereiro. 

Segundo a Polícia Federal, os assassinatos ocorreram para evitar que seu outro relacionamento amoroso fosse conhecido por sua namorada e sua filha. Existe a possibilidade de que Michele estivesse grávida, conforme mensagem que enviou à mãe relatando a suspeita. As investigações apontaram ainda que Dinai foi o mentor de um assalto à Michele, na qual seu celular foi roubado.

O feminicídio é considerado crime hediondo e, para cada caso, a pena prevista é 12 a 30 anos. Já a ocultação de cadáver tem pena de 1 a 3 anos e o roubo, pena de 4 a 10 anos. Dinai está preso provisoriamente, desde setembro passado, na Penitenciária Nelson Hungria, em Minas Gerais. Ele havia retornado ao Brasil e foi localizado pela Polícia Federal.

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