Ataque da guerrilha curda deixa 19 mortos na Turquia
Um ataque suicida da guerrilha curda PKK contra uma delegacia no extremo sudeste da Turquia matou 17 pessoas, sendo dez militares e as outras civis, informou neste domingo o governo turco.
Um integrante do proscrito Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) detonou um carro-bomba contra um controle de estrada ao lado de uma delegacia na província de Hakkari, fronteiriça com o Iraque e o Irã.
"O ataque foi realizado com uma caminhonete carregada com cinco toneladas de explosivos e conduzida por um suicida. Até agora há dez soldados mortos e oito cidadãos civis perderam a vida", disse o primeiro-ministro, Binali Yildirim, à imprensa.
O ataque aconteceu na estrada entre Yüksekova e Semdinli, no leste da montanhosa província de Hakkari, frequente palco de confrontos entre o Exército turco e a guerrilha curda.
O motorista tentou lançar a caminhonete contra a delegacia, mas os militares atiraram e o veículo acabou explodindo diante do edifício, relatou a emissora "NTV".
A explosão do carro-bomba deixou uma cratera de 5 metros de profundidade e 10 metros de diâmetro, e a estrada foi fechada ao trânsito.
O PKK e o Estado turco suspenderam em julho de 2015 um cessar-fogo que tinha durado mais de dois anos e meio. Desde então morreram centenas de agentes de segurança turcos e milhares de guerrilheiros em confrontos, bombardeios e atentados.
Considerado terrorista por União Europeia, Estados Unidos e Turquia, o PKK iniciou sua luta armada em 1984 a favor de mais direitos da minoria curda no país.