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Estados Unidos

EUA prometem novo decreto migratório "mais ajustado"

18 fev 2017 - 17h01
(atualizado às 17h55)
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O secretário de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kelly, defendeu neste sábado o decreto migratório suspenso pela Justiça de seu país e garantiu que a nova ordem executiva contemplada por Donald Trump será uma versão "mais ajustada" da primeira, que não deixará ninguém encalhado nos aeroportos.

Em um discurso durante a Conferência de Segurança de Munique, Kelly afirmou que a nova ordem garantirá, por exemplo, que se uma pessoa afetada pelo novo decreto está em trânsito para os Estados Unidos, em outro país ou voando, quando chegar, poderá entrar em território americano.

Foto: Reuters

Perguntado sobre a possibilidade de que possam viajar aos Estados Unidos cidadãos de determinados países afetados pelo novo decreto migratório, e que já tenham a permissão de residência permanente, Kelly respondeu: "É uma boa suposição".

Kelly não deu mais detalhes, mas ressaltou que o objetivo da ordem é estudar se os sete países afetados - Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Irã e Iêmen - são "confiáveis", e - segundo opinou - "não são muito".

México se prepara para grande fluxo de deportados dos EUA:

Kelly disse ainda que o governo se surpreendeu quando a Justiça suspendeu a primeira ordem, que cancelava durante 120 dias a entrada de refugiados no país e a concessão de vistos a esses sete países de maioria muçulmana.

O secretário lembrou que essa medida era temporária e que seu objetivo era ter tempo para analisar os problemas de segurança apresentados por esses países, que podiam ser explorados pelos terroristas.

Um problema claro, segundo explicou, é que os EUA não contam neles com serviços de inteligência que lhe deem informação confiável sobre as pessoas que querem viajar e podem representar um risco.

Dois dos países da lista, segundo destacou, não cooperam com os Estados Unidos e em quatro deles não há nem embaixada americana.

Frente a sua defesa do decreto, o ministro de Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, advertiu que vetar países inteiros pode "provocar efeitos colaterais e não gerar mais segurança".

"Quanto mais preciso se é, mais efetivo se é", ressaltou o ministro alemão, que apostou em potencializar os serviços de inteligência.

Kelly concordou na aposta em cooperação e destacou a necessidade de aumentar a colaboração entre os EUA e os países europeus em inteligência e troca de informação, após mostrar sua especial preocupação pelo retorno aos países ocidentais de combatentes que lutaram junto a grupos jihadistas na Síria ou no Iraque.

"É preciso fazer mais para proteger as viagens, é preciso saber quem viaja", frisou o secretário americano, reiterando que a segurança aérea segue ameaçada e é vulnerável.

Por fim, Kelly garantiu o respeito aos direitos civis, porque, segundo ele, não são recolhidos dados relativos a raça, religião, estado de saúde ou orientação política, e ofereceu a experiência americana aos aliados europeus.

EFE   
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