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Estados Unidos

Trump transforma clube particular em Casa Branca de inverno

25 dez 2016 - 10h02
(atualizado às 10h23)
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O imponente clube particular Mar-a-Lago, uma das muitas propriedades do empresário Donald Trump, já está sendo transformada na residência oficial de inverno do presidente eleito dos Estados Unidos na ensolarada Flórida, onde o republicano está aproveitando o período de Natal para definir os últimos nomes da equipe que o acompanhará na Casa Branca.

A grande mansão que fica na cidade de Palm Beach ganhou fama internacional no Dia de Ação de Graças, comemorado no dia 24 de novembro, quando Trump chegou ao local com sua esposa, Melania, e a família para descansar após ter vencido as eleições.

O clube, avaliado em US$ 100 milhões, reflete o ostentoso gosto de Trump. Salas repletas de mármore, pedras italianas, azulejos espanhóis e tapeçaria oriental. As paredes são basicamente douradas, forradas com folhas de ouro, lembrando os salões de Luís XIV. O precioso metal também está nos detalhes das colunas e até nas torneiras dos banheiros.
O clube, avaliado em US$ 100 milhões, reflete o ostentoso gosto de Trump. Salas repletas de mármore, pedras italianas, azulejos espanhóis e tapeçaria oriental. As paredes são basicamente douradas, forradas com folhas de ouro, lembrando os salões de Luís XIV. O precioso metal também está nos detalhes das colunas e até nas torneiras dos banheiros.
Foto: EFE

Chamada de "Joia da Coroa em Palm Beach", como diz em seu próprio site na internet, a mansão se transformou em uma Casa Branca provisória para o presidente eleito e está cercada de seguranças e de jornalistas que cobrem as notícias envolvendo Trump.

Um dos portões de ferro da mansão e as escadarias da entrada foram nesses dias os locais usados para entrevistas coletivas ao ar livre improvisadas, usadas por Trump para falar sobre assuntos nacionais e internacionais, repetindo o que ele já tinha feito após a vitória na Trump Tower, em Nova York, onde vive.

No prazeroso clima da Flórida, os repórteres são testemunhas do lazer e do desligamento com o mundo exterior desfrutados pelos sócios do Mar-a-Lago. Eles passeiam com roupas de banho em frente aos salões onde se decide a nova administração do país.

Pouco a pouco, os jornalistas vão se adaptando ao resplendor do Salão Ouro e Branco, sede das reuniões com a imprensa em Mar-a-Lago, e com o imprevisível Trump, que semana passada decidiu descansar e jogar golfe com Tiger Woods, ex-número um do mundo no esporte.

Trump adquiriu a mansão por US$ 10 milhões. Dez anos depois, decidiu transformá-la em um hotel com 114 quartos com vista para o mar e para Lake Worth. Além disso, o local tem campos de golfe e críquete, quadras de basquete e tênis, e salas de spa.

As queixas dos vizinhos não demoraram a surgir. Eles estavam descontentes com a transformação do lugar em um ponto turístico. Alguns se indignavam até com a instalação de uma enorme bandeira dos EUA no clube por ela ultrapassar o tamanho permitido pela lei.

Trump também entrou em conflito com as autoridades aéreas da região por considerar que o barulho dos aviões que sobrevoam o clube atrapalha a tranquilidade de seus clientes. A disputa se encerrou no último mês, quando o Serviço Secreto determinou que aeronaves não poderiam mais passar pelo local por motivo de segurança.

O "paraíso de inverno para a elite", como destaca a página do complexo na internet, está entre a lagoa e o Oceano Atlântico. A mansão principal, porém, é separada da praia por uma avenida.

O exclusivo clube particular espaçosos jardins, piscinas e até três abrigos anti-bombas. Para ser sócio, os interessados precisam pagar uma inscrição de US$ 100 mil, além de US$ 14 mil por ano.

Ao ordenar a construção da mansão, que ocorreu entre 1924 e 1927, a antiga proprietária, Marjorieem Merriweather Post, a pensou como um local de descanso de inverno para presidentes.

O desejo foi cumprido agora por Trump, que a comprou depois do governo dos EUA, que tinha ficado com a mansão depois da morte de Marjorieem, tivesse devolvido o local para a filha da primeira proprietária devido aos altos custos de manutenção.

Trump agora cita a Flórida como seu "segundo lar", repetindo os passos de John F. Kennedy, que, durante sua curta presidência (1961-1963), escolheu Mar-a-Lago como a "Casa Branca de inverno".

Agora, a famosa mansão deve também se transformar em um retiro para o presidente eleito, que assume o cargo no próximo dia 20.

EFE   
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