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Estados Unidos

Trump reconhece "dificuldade" da deportação de jovens imigrantes ilegais

16 fev 2017 - 18h34
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu nesta quinta-feira que a revogação do programa aprovado por seu antecessor, Barack Obama, para conter a deportação de jovens imigrantes ilegais é "um dos assuntos mais difíceis" com os quais tem que lidar, e garantiu que o analisará "com coração".

"É um dos assuntos mais difíceis que tenho (...). Vamos tratar o Daca com coração", declarou Trump em entrevista coletiva na Casa Branca.

O presidente americano não ofereceu mais detalhes sobre o Programa de Ação Diferida (Daca), que paralisou a deportação de 750.000 jovens imigrantes ilegais, conhecidos como "dreamers" (sonhadores), e cuja revogação prometeu durante a campanha eleitoral.

"A situação do Daca é muito dura porque amo esses meninos, alguns deles são totalmente incríveis (...). Tenho filhos e netos", acrescentou Trump.

O programa, assinado por Obama em 2012, permitia aos jovens evitar sua deportação, obter uma licença de trabalho e uma carteira de habilitação, embora estabelecesse que, para continuar gozando destes benefícios, os jovens deveriam renovar a permissão a cada dois anos.

Embora tenha suavizado seu tom a respeito dos "sonhadores", Trump não garantiu, de qualquer forma, se poderão manter seu status legal.

Além disso, insistiu em seu desejo de erguer um "grande muro" na fronteira com o México e deportar milhões de imigrantes ilegais com antecedentes criminais.

No fim de semana passado o governo americano realizou surpreendentes batidas de agentes de imigração em vários pontos de todo o país, que terminaram com quase 700 detidos.

Trump assegurou que a ação faz parte de sua promessa eleitoral de "capturar os criminosos", mas as organizações de defesa dos imigrantes advertiram que ilegais com faltas leves ou sem antecedentes também estão sendo afetados.

EFE   
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