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Trump faz "reality show" para formar novo governo dos EUA

Desfile de possível nomes até Nova York virou rotina

22 nov 2016 - 16h31
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Foto: Getty Images

A escolha para os nomes que farão parte do Gabinete de Donald Trump parece seguir o método programa "O Aprendiz", o reality show liderado pelo magnata na TV norte-americana. E a dança dos nomes aumenta, seja na suntuosa Trump Tower na Quinta Avenida em Manhattan ou no Trump National Golf Club de Nova Jersey.

Barack Obama já havia comentado por diversas vezes durante a campanha que uma Presidência de Trump se transformaria, inevitavelmente, em um reality show. E, nestes dias de trabalho frenético no qual o republicano e seu "time de transição" estudam a equipe de governo, o desfile de candidatos a vários postos-chave se assemelha cada vez mais ao programa de TV que fez "The Donald" virar uma estrela mundial.

E desfilaram inúmeros personagens, como Mitt Romney e Rick Perry, passando pelo ex-general James Mattis. Eles são recebidos, ouvidos, avaliados e mantidos em uma espécie de "stand-by" na espera para um veredicto final. E em frente a tudo isso, as câmeras de televisão de meio mundo.

Uma forma de show que não faz mais do que aumentar o suspense e as expectativas por decisões rápidas. Sem embargo nas últimas horas, depois das primeiras cinco nomeações, não se registram novidades.

Os analistas lembram que, em 2008, Barack Obama continuou com nomeações até dezembro, mesmo que o método tenha sido radicalmente oposto com diálogos reservados e pouco publicados. Salvo surpresas, é provável que cada novo anúncio seja conhecido depois do tradicional feriado do Dia de Ação de Graças, no dia 24 de novembro.

Trump se apressa para desfrutar de alguns dias de descanso para celebrar o "Thanksgiving" em seu resort em Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida. Das pessoas mais próximas, é possível saber que o magnata sairá de Nova York, no mais tardar na noite desta terça-feira (22), e sua intenção é dedicar-se única e exclusivamente à família - depois da duríssima campanha eleitoral e dos primeiros dias como presidente eleito.

Enquanto isso, sua popularidade cresce. Um fato anormal, segundo a imprensa local, para um chefe de Estado recém-coroado pelas urnas. O índice de aprovação, de acordo com o portal Politico, chegou aos 46% dos eleitores, nove pontos a mais do que antes do dia das eleições, em 8 de novembro.

Trump foi, ao lado de Hillary Clinton, um dos candidatos mais impopulares da história dos Estados Unidos. Inclusive, duas semanas após sua eleição, continuam os protestos contra o mandatário eleito em inúmeras cidades norte-americanas.

Além disso, da Trump Tower, sopram ventos de desgelo com o mundo da imprensa televisiva, depois das enormes tensões que surgiram durante a campanha eleitoral e os duríssimos ataques do magnata contra diversos meios de comunicação.

Os empresários e os mais conhecidos jornalistas de TV foram recebidos pelo novo presidente. Na famosa torre, se reuniram diretores e jornalistas da Fox, da CBS e da CNN, entre outros, com as presenças de Wolf Blitzer e Erin Burnett, da CNN, e de Charlie Ross, da CBS.

Sobre as nomeações, se mantém na disputa os nomes de Mitt Romney como possível sucessor de John Kerry no Departamento de Estado e do ex-general da Marinha James Mattis no Pentágono. Enquanto isso, são avaliados diversos nomes paa a equipe econômica: desde os ex-funcionários do governo Ronald Reagan e George W. Bush, como Lawrence Kudlow e David Malpass até o ex-chefe do Wall Street Journal Stephen Moore, passando pelo ex-democrata como Peter Navarro, professor de economia da Universidade da Califórnia.

Fonte: ANSA
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