Trump está aberto a trabalhar com Rússia contra EI, diz porta-voz
O novo porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, afirmou nesta segunda-feira, em sua primeira entrevista coletiva, que o governo de Donald Trump está aberto a colaborar com a Rússia na luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
"Sempre que houver um modo de combater o EI com qualquer país, seja a Rússia ou outro, não duvidem que vamos fazê-lo", declarou Spicer.
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O porta-voz também disse que o novo governo dos Estados Unidos está disposto a colaborar com qualquer país, tanto nas áreas militar como econômica, para combater os jihadistas. No entanto, ele não quis confirmar, como anunciou o Ministério da Defesa da Rússia, que aviões de guerra russos e americanos se coordenaram pela primera vez para atacar posições do EI na Síria.
Spicer recomendou como fonte o Pentágono, que negou categoricamente que os Estados Unidos estejam em coordenação com a Rússia para bombardear o EI na Síria.
Um porta-voz do Pentágono afirmou à Efe que "o Departamento de Defesa não está coordenando ataques aéreos com as Forças Armadas russas na Síria".
"O Departamento de Defesa mantém um canal de comunicação com os militares russos focado somente em garantir a segurança das tripulações e evitar choques entre membros da coalizão (americana) e das operações russas na Síria", afirmou Eric Pahon, porta-voz do Pentágono.
A chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos na sexta-feira deu indícios, segundo analistas políticos, de uma aproximação entre EUA e Rússia no que diz respeito ao conflito na Síria e à luta contra o EI, depois que o magnata elogiou a estratégia russa e deixou aberta a porta para a colaboração.
O governo do ex-presidente Barack Obama disse no passado estar aberto a colaborar com a Rússia, quando os ataques tivessem foco exclusivamente em posições do EI, mas as negociações sempre se viram frustradas pelos divergentes objetivos estratégicos na guerra civil síria.
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