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Estados Unidos

Tillerson vai a Japão, Coreia do Sul e China para discutir Coreia do Norte

7 mar 2017 - 18h22
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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, fará sua primeira visita à Ásia na próxima semana, com viagens marcadas a Japão, Coreia do Sul e China, países com os quais pretende formatar um "novo enfoque comum" sobre as provocações da Coreia do Norte.

A viagem de Tillerson, a terceira que ele faz desde que assumiu o cargo desde fevereiro, se estenderá de 15 a 19 de março, anunciou nesta terça-feira o porta-voz interino do Departamento de Estado, Mark Toner, na primeira entrevista coletiva do órgão desde que o presidente Donald Trump chegou ao poder.

"Em cada um desses países, o secretário de Estado se reunirá com altos representantes dos governos para falar sobre temas bilaterais e multilaterais, incluindo a coordenação estratégica para enfrentar a crescente ameaça nuclear e de mísseis da Coreia do Norte", afirmou Toner.

"Estamos muito preocupados com a escalada de ações da Coreia do Norte. As coisas estão chegando a um ponto no qual temos que pensar em alternativas para a estratégia atual", ressaltou o porta-voz.

Tillerson conversará com os aliados em Tóquio, Seul e Pequim sobre um possível "novo enfoque comum" para lidar com o regime de Pyongyang. Além disso, a viagem à China tem como objetivo diminuir as tensões provocadas pelo envio de um sistema de escudo antimísseis americano à Coreia do Sul.

"Queremos implementar as sanções existentes contra a Coreia do Norte da forma mais completa possível, mas também estamos estudando novas opções", completou Toner.

O Pentágono anunciou mais cedo que começou a enviar à Coreia do Sul os primeiros mecanismos do escudo antimísseis THAAD (Terminal High Altitude Area Defense). A decisão para instalar o equipamento foi tomada em 2016, ainda pelo presidente Barack Obama, e agora executada por Trump.

O governo da China pediu hoje, "encarecidamente", aos EUA e à Coreia do Sul que interrompam o envio dos equipamentos do sistema antimísseis. Além disso, Pequim alertou que adotará as "medidas necessárias" para proteger seus interesses e sua segurança nacional.

EUA e Coreia do Sul dizem que o sistema é necessário para defender Seul da Coreia do Norte, mas China e Rússia consideram que o escudo é uma ameaça para a segurança, já que o mecanismo pode servir para obter dados de inteligência das bases militares da região.

Perguntado sobre as tensões diplomáticas, o porta-voz do Departamento de Estado ressaltou que a China "compartilha das preocupações dos EUA sobre os programas ilegítimos de armas de Pyongyang.

"Deixamos muito claro que a decisão de instalar o THAAD é uma medida defensiva não só para proteger a Coreia do Sul, mas também aos nossos militares que estão em território sul-coreano", disse Toner.

"O foco central da viagem do secretário Tillerson não deve ser o THAAD, mas sim a ameaça que a Coreia do Norte segue representando e como combatê-la", indicou o porta-voz.

EFE   
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