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Estados Unidos

Testemunhas narram tiroteio nos EUA: "ele estava ao meu lado e caiu morto"

17 set 2013 - 07h19
(atualizado às 07h39)
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Testemunhas que sobreviveram ao tiroteio que matou 12 pessoas na segunda-feira, em Washington, ainda tentam entender o que aconteceu dentro da base naval americana Navy Yard.

O comandante Tim Jirus estava sentado em um dos escritórios do prédio escrevendo um e-mail para um amigo quando ouviu os disparos. "Na hora eu achei que não pareciam tiros de verdade", relembra.

Quando ficou claro que um atirador estava a solta, Jirus e um homem que ele acabara de conhecer tentaram ajudar as pessoas a sair da base. Eles já estavam fora do prédio quando ouviram dois tiros. "Um atingiu o homem, que estava ao meu lado. Olhei para baixo e ele estava morto".

Os tiros foram disparados por Aaron Alexis, um texano de 34 anos que serviu na Marinha entre 2007 e 2011. Ele teria deixado a Marinha por falhas de comportamento e prestava serviços na instalação modernizando computadores. Na manhã de segunda-feira, ele entrou no prédio, matou 12 pessoas e morreu em uma troca de tiros com a polícia.

Menino da mamãe

A mãe de Greg Heir, 34 anos, trabalha em Navy Yard. Ele estava no loja de azulejos onde trabalha, a menos de um quilômetro da base naval, quando soube do tiroteio. Ele correu para pegar o carro e já estava a caminho da base quando sua mãe ligou dizendo que estava dentro do prédio.

Imagem divulgada pelo FBI na qual pede informações sobre o suspeito morto
Imagem divulgada pelo FBI na qual pede informações sobre o suspeito morto
Foto: FBI / Reprodução

"O escritório estava cercado de policiais", diz Heir, que carrega no braço uma tatuagem que diz "menino da mamãe". "Ela estava chorando e perguntando o que estava acontecendo e pediu que fosse buscá-la", relembra. "Foi de quebrar o coração", diz. "Ela está bem", disse. "Não parece real até acontecer com você".

Horas depois do ataque, o comandante Jirus estava em pé perto de uma estação de metrô em M Street, segurando uma garrafa de água. Ele parecia calmo. "É a primeira vez que passo por isso", diz ele, se desculpando por não querer mais conversar. "Eu preciso me recuperar", diz, amassando a garrafa. "E estou com fome". 

Som era muito claro, diz testemunha sobre tiroteio nos EUA:

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