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Estados Unidos

Modelos sem aparência convencional, a última "moda" em Nova York

13 set 2016 - 10h08
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Madeline Stuart, com síndrome de Down; Winnie Harlow, com vitiligo; Rebekah Marine, com um braço biônico; e Reshma Qureshi, desfigurada por ácido, se tornaram as modelos protagonistas da Semana da Moda de Nova York, apesar de não atenderem aos padrões de beleza das passarelas.

Os estilistas as escolheram para que recebam apoio na visibilidade de suas particularidades, deficiências que se transformaram em valor agregado no, às vezes, frívolo e monótono mundo da moda.

No desfile de Archana Kochhar, no primeiro dia do evento, foi apresentada ao público Reshma Querishi, cujo rosto ficou totalmente desfigurado por ácido. Longe de se esconder, enfrentou os holofotes e câmeras que captavam cada detalhe na passarela e desfilou com naturalidade.

"Acho que esta experiência mudou a minha vida", disse, orgulhosa, aos veículos de comunicação ao término do desfile. Reshma quis dar visibilidade às mulheres que sofrem ataques com ácido na zona rural da Índia.

Quem também aceitou o desafio da exposição midiática foi Winnie Harlow, que tem vitiligo na pele e que já desfilou anteriormente para diversas marcas.

Harlow ganhou fama ao concorrer no programa "America's Next Top Model" e recentemente foi apontada como possível nova namorada do piloto de Fórmula 1 britânico Lewis Hamilton.

Outra modelo fora do que é considerado habitual nas passarelas é Madeline Stuart, com síndrome de Down, que desfila em Nova York para a FTL Moda pela terceira vez, aos 19 anos.

Com descontração na passarela, a australiana costuma saudar o público enquanto desfila, uma imagem bem distante do semblante sério das modelos convencionais.

Sua mãe, Rosanne Stuart, contou à imprensa há poucos dias que a filha sempre recebe atenção "porque, com sua atitude, fala ao mundo sobre inclusão e diversidade".

A Semana da Moda de Nova York também contou com Rebekah Marine, que nasceu sem o antebraço direito e hoje é uma referência no meio, com milhares de seguidores nas redes sociais.

Com o sonho de ser modelo, Marine esteve perto de desistir por causa da deficiência, até começar a utilizar um braço biônico e ganhar uma nova oportunidade.

Abrindo o caminho para romper preconceitos, uma dezena de estilistas da comunidade LGBT (lésbicas, gays, transexuais e bissexuais) também apresentou suas propostas na Big Apple.

Apadrinhados pela revista "dapperQ", os criadores mostraram seus trabalhos, sempre sob a filosofia da "inconformidade de gênero", explicou à imprensa a produtora do evento, Anita Dolce Vita.

"Em um tempo no qual os opressores estão tentando acabar com tudo, no qual se aprovam leis para negar banheiros aos transexuais, este desfile dá uma plataforma para celebrar identidades, estilos, corpos e diversidade", acrescentou Dolce Vita.

Entre os estilistas esteve Angie Chuang, nascida em Nova Jersey e estabelecida no Brooklyn, que apresentou designs urbanos, monocromáticos e andróginos. Outro que se destacou foi Aston Bjorkman, para a Sir New York, de roupa unissex.

Além dos estilistas, 60 modelos representaram a comunidade LGBT sobre a passarela, entre eles Casey Legler, o primeiro transexual a desfilar na coleção de mulheres da Tom Ford.

EFE   
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