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Estados Unidos

Líder republicano afirma não acreditar em existência de grampo na Trump Tower

15 mar 2017 - 14h58
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O presidente do Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Devin Nunes, disse nesta quarta-feira que "não há provas" das acusações do presidente Donald Trump sobre o suposto "grampo" telefônico na Trump Tower, que teria sido ordenado por seu antecessor Barack Obama, e acrescentou que não acredita que isto tenha ocorrido.

"Não possuímos nenhuma prova de que isto tenha acontecido. Não acredito que havia um grampo na Trump Tower", afirmou Nunes aos jornalistas.

O Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes é o encarregado de investigar a suposta interferência do governo russo nas eleições presidenciais americanas, uma investigação na qual Trump solicitou que também fossem incluídas as supostas práticas de escuta ilegal que, segundo ele, foram feitas pelo Executivo de Obama.

O Departamento de Justiça pediu na última segunda-feira ao Congresso maior margem de tempo para apresentar as provas sobre a acusação de Trump contra Obama, algo que deverá fazer até 20 de março.

E Trump "tem certeza" que o Departamento de Justiça apresentará essas provas, conforme disse ontem o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.

O democrata de mais alta categoria do Comitê de Inteligência, Adam Schiff, por sua vez insistiu hoje que "não há nenhuma prova que sustente as acusações do presidente", que qualificou de "irresponsáveis".

"Não há prova de nenhuma ilegalidade, de nenhum tipo de vigilância ilegal", acrescentou o democrata em referência às últimas declarações de Spicer, que na segunda-feira disse que Trump não se referia necessariamente a um "grampo telefônico" como tal, mas a atividades de "vigilância" em geral.

Além disso, o procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, afirmou hoje que nunca disse a Trump que Obama teria ordenado grampear suas comunicações.

Por outro lado, dois senadores republicanos, Lindsay Graham e Sheldon Whitehouse, fizeram um pedido ao diretor do FBI, James Comey, para que publique qualquer documento que possa ter a ver com as acusações de Trump.

Em resposta, um assessor de Comey antecipou que o diretor do FBI deve falar hoje sobre o tema com o legislador republicano Chuck Grassley, presidente do Comitê de Inteligência do Senado, e Dianne Feinstein, a democrata de maior categoria desse órgão.

As duras acusações de Trump contra Obama se somam à polêmica sobre os supostos vínculos do presidente com funcionários do Kremlin.

Na próxima segunda-feira, acontecerá a primeira audiência pública no Congresso sobre o papel da Rússia nas eleições americanas, na qual testemunhará o alto escalão de inteligência do país.

EFE   
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