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Estados Unidos

Lei de saúde de Trump supera primeiros obstáculos no Congresso

9 mar 2017 - 19h10
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A nova lei de saúde proposta pelos republicanos e apoiada pelo presidente Donald Trump superou nesta quinta-feira o primeiro obstáculo no Congresso dos Estados Unidos ao ser aprovada em dois comitês da Câmara dos Representantes.

O debate dos dois textos do projeto de lei com o qual os republicanos querem revogar e substituir a reforma da saúde promulgada em 2010 pelo então presidente, Barack Obama, conhecida popularmente como "Obamacare", começou na quarta-feira em dois comitês da câmara.

Na madrugada de hoje, o Comitê de Meios e Arbítrios aprovou o projeto por 23 votos a favor e 16 contra após quase 18 horas de debate.

Mais tarde, e após 27 horas de debate, o Comitê de Energia e Comércio também deu sinal verde à legislação com 31 votos a favor e 23 contra.

Os democratas tentaram prolongar os debates com a apresentação de distintas emendas, todas elas rechaçadas pelos republicanos.

"Apesar do que se ouve na imprensa, a lei de saúde está indo muito bem. Estamos falando com muitos grupos e acabará sendo algo precioso!", escreveu Trump em sua conta no Twitter.

Por sua vez, o vice-presidente americano, Mike Pence, aproveitou um discurso em um fórum sobre pequenos negócios organizado pelo grupo The Latino Coalition (TLC) para criticar o "pesadelo" representado pelo Obamacare.

Essa reforma dificultou o crescimento dos pequenos negócios e foi uma "carga demolidora" para a criação de empregos, segundo Pence.

Mas esse "pesadelo está prestes a terminar", comentou Pence ao ressaltar que haverá "uma transição ordenada" do Obamacare para o novo sistema.

Pence também detalhou que, sob o projeto republicano de reforma da saúde, os americanos "terão liberdade" para escolher onde comprar seus seguros médicos e o custo será reduzido graças ao "aumento da concorrência".

Embora a liderança republicana e a Casa Branca tenham respaldado o projeto, a bancada conservadora não está unida em relação à proposta, e os ultraconservadores por um lado, e os moderados por outro, expressaram suas reservas.

Pelas mãos do presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, os republicanos esperam submeter os textos à votação no plenário nos próximos dias para enviar a proposta ao Senado, onde a maioria conservadora é mais estreita, o que pode trazer problemas para que seja levado adiante.

Enquanto isso, os democratas não se cansam de lembrar que o Obamacare proporcionou acesso à saúde a mais de 20 milhões de americanos que antes não tinham cobertura médica, e criticaram a proposta dos republicanos porque, entre outras coisas, prevê cortar as ajudas para os mais pobres.

O projeto republicano desmantela as disposições básicas do Obamacare, incluindo seus subsídios para ajudar na aquisição de seguros médicos e a expansão do Medicaid, programa para o acesso sanitário às pessoas de baixa renda.

EFE   
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