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Estados Unidos

Famílias do 11/9 pedem que Obama não vete lei para processar Arábia Saudita

20 set 2016 - 18h47
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Dezenas de familiares de vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001 protestaram nesta terça-feira em frente à Casa Branca para pedir que o presidente Barack Obama não vete a lei que lhes permitiria processar a Arábia Saudita por seu suposto papel nos ataques.

Obama antecipou que utilizará seu poder de veto para frear um projeto de lei aprovado há uma semana no Congresso que permitiria abrir processos contra os sauditas pelo papel que é atribuído a altos funcionários desse país no financiamento dos atentados de Nova York, Washington e Pensilvânia, nos quais morreram quase 3.000 pessoas.

"O pressentimento é de que vai vetar na sexta-feira este projeto de lei e, se fizer isso, estará se colocando dos sauditas e não das famílias (das vítimas) do 11/9 e do povo americano", declarou à Agência Efe James Pasananti, cujo pai morreu no desabamento das torres gêmeas do World Trade Center.

"Não é que estejamos dizendo que os sauditas sejam culpados, mas queremos poder apresentar nosso caso e investigá-lo", acrescentou.

Os familiares das vítimas, reunidos no Parque Lafayette, em frente à Casa Branca, pediram a Obama que deixe de fazer política com este projeto de lei e de impedir que se faça justiça àqueles que perderam parentes nos atentados.

A legislação permitiria processar o governo saudita em tribunais americanos e poderia abrir a porta a uma onda de processos e pedidos de indenizações por parte das famílias dos falecidos.

"Isto se trata de conseguir justiça para minha irmã e para todas aquelas pessoas que morreram nos atentados, e que ninguém tenha que sentir o que nós sentimos a cada dia", declarou Janet Carver, outra das manifestantes.

No senado o projeto de lei conta com o apoio de senadores republicanos e do senador democrata de Nova York, Charles Schumer, que acredita que poderão conseguir os votos necessários para revogar o veto presidencial.

O líder da maioria republicana do Senado, Mitch McConell, disse hoje que espera poder reunir os votos necessários para invalidar o veto presidencial, para o que são necessários dois terços dos votos de ambas câmaras do Congresso americano, antes do recesso de outubro.

A Casa Branca argumenta que a possibilidade de processar outro país em tribunais americanos poderia prejudicar a relação bilateral com Riad, pôr em perigo seus diplomatas e abrir caminho para processos em outros países contra o governo americano.

Se o Congresso conseguir reunir os votos suficientes, esta será a primeira ocasião na qual o Legislativo frustrará o veto do presidente Obama.

EFE   
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