Trump pede fechamento imediato da "corrupta" Fundação Clinton
O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta segunda-feira o fechamento imediato da Fundação Clinton, que definiu como "a empresa mais corrupta da história política" do país.
A candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, "é a defensora do 'status quo' corrupto", denunciou Trump em comunicado divulgado por sua campanha.
Ela e seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, passaram "décadas enchendo seus bolsos" com o uso de informação privilegiada e "cuidando dos doadores ao invés do povo americano", continuou o magnata.
Segundo Trump, "está claro que a Fundação Clinton é a empresa mais corrupta da história política" e, portanto, deve ser "fechada imediatamente".
Essa instituição - cujo nome completo é Fundação Bill, Hillary e Chelsea Clinton - arrecadou cerca de US$ 2 bilhões em doações em quase duas décadas.
Embora Hillary tenha negado, várias investigações jornalísticas revelaram que a candidata pode ter tomado decisões influenciada por doações estrangeiras à Fundação Clinton quando era secretária de Estado, cargo que ocupou de 2009 a 2013.
Na semana passada, o jornal "The Washington Post" publicou um editorial no qual criticava a "porosidade" entre a fundação e o Departamento de Estado quando Hillary era a chefe da diplomacia americana.
Pouco depois, na sexta-feira, a Fundação Clinton anunciou que realizará várias mudanças caso Hillary ganhe as eleições presidenciais de novembro, entre as quais se destaca o não recebimento de doações vindas do exterior ou de corporações.
Além disso, ganhando ou perdendo as eleições, a fundação deixará de organizar a Iniciativa Global Clinton, um encontro anual que reúne líderes, grandes empresários, doadores e famosos.
O conselho editorial do jornal "The Boston Globe" foi além e considerou na semana passada que a fundação deve ser fechada se Hillary for escolhida presidente dos EUA.
Em resposta ao pedido de Trump, a campanha de Hillary destacou em comunicado que a fundação já estabeleceu "as medidas sem precedentes" que adotará se a ex-secretária de Estado chegar à Casa Branca.
Além disso, o chefe de campanha de Hillary, John Podesta, pediu a Trump que seja sincero com os eleitores "sobre sua complexa rede de empresas com fins lucrativos", incluindo "centenas de milhões de dólares" em dívidas com grandes bancos, como o estatal Banco da China e seus "vínculos com o Kremlin".
Além disso, Podesta pediu que Trump "deixe de se esconder por trás de desculpas falsas" e que publique suas declarações de impostos, como já fez Hillary.