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Eleições nos EUA

Trump diz que negro morto em Tulsa seguiu ordens da polícia

21 set 2016 - 14h20
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O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, considerou nesta quarta-feira que o homem negro assassinado em Tulsa (Oklahoma, EUA) na sexta-feira passada seguiu as ordens da polícia, que acabou matando ele com um tiro.

"Vi uma parte do tiroteio em Tulsa e esse homem estava com as mãos para o alto. Foi ao automóvel com as mãos para o alto, as colocou sobre o carro, na minha opinião, fez tudo o que tinha que ser feito e parecia um bom homem", disse Trump em um ato de campanha em Cleveland (Ohio).

"Fez o que pediram que fizesse -prosseguiu-. Não sei o que essa agente estava pensando, mas estou muito, muito, alarmado pelo ocorrido. Temos que ter muito cuidado, foi uma terrível situação",acrescentou.

O magnata respondeu assim à pergunta de um assistente em seu comício de hoje em uma igreja negra do bairro de Cleveland Heights em um momento de consternação no país por dois novos episódios de aparente violência policial em Tulsa e Charlotte (Carolina do Norte).

Na sexta-feira passada, Terence Crutcher morreu em Tulsa por um disparo da agente Betty Shelby quando estava desarmado e tinha sua caminhonete quebrada em uma via.

"E vimos outros fatos como estes -lembrou Trump. A polícia também está com medo. Talvez a agente tenha entrado em 'choque' ou se assustou. Mas talvez as pessoas que entram em 'choque' não podem se dedicar ao que se dedicam".

"Tenho um grande respeito pela polícia, mas ela tem que ser melhor, melhor e melhor", acrescentou.

Trump só se referiu concretamente ao fato de Tulsa e evitou se pronunciar sobre o de Charlotte de ontem, no qual morreu o também negro Keith Lamont Scott baleado pela polícia em um estacionamento e que suscitou graves distúrbios.

"Eu acredito muito na polícia e nas forças de segurança, porque necessitamos. E muitos grupos deles apoiam minha campanha, são gente estupenda. Mas sempre existe alguém que comete um erro", afirmou Trump, que se apresenta às eleições de 8 de novembro como "o candidato da lei e a ordem".

O magnata, apoiado na maioria por brancos, homens e de baixa formação, procura desde há um mês se aproximar dos eleitores negros e hispânicos, amplamente favoráveis aos democratas e sem os quais os especialistas consideram que não poderá chegar à Casa Branca.

Trump foi recebido por seu ex-rival nas primárias e agora fiel aliado Ben Carson e pelo controverso promotor de boxe americano Don King, ambos negros.

EFE   
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