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Eleições nos EUA

Ryan cancela ato ao lado de Trump após comentários machistas do candidato

8 out 2016 - 00h38
(atualizado às 11h33)
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O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Paul Ryan, cancelou nesta sexta-feira a assistência do candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, onde participaria pela primeira vez da campanha eleitoral, após a divulgação de uma gravação com escandalosos comentários machistas do magnata.

"Estou indignado pelo que escutei hoje. As mulheres precisam ser defendidas e respeitadas, não objetificadas. Espero que Trump trate esta situação com a seriedade que merece e trabalhe para demonstrar ao país que respeita as mulheres muito mais do que sugere essa gravação", afirmou Ryan em comunicado.

"Enquanto isso, ele não estará mais participando do evento de amanhã em Wisconsin", completou.

Ryan se referiu a gravação polêmica divulgada pelo "The Washington Post", onde o magnata imobiliário explica, com vulgaridades, como tenta conquistar as mulheres.

"Eu sou automaticamente atraído pela beleza - eu simplesmente começo a beijá-las. É como um imã. Simplesmente beijo. E quando você é famoso elas deixam você fazer isso. Você pode fazer qualquer coisa", afirmou Trump, em uma parte da gravação.

O presidente do Partido Republicano, Reince Priebus, também rejeitou as palavras de seu candidato: "Nenhuma mulher deve ser tratada nesses termos", disse.

O evento deste sábado em Wisconsin (estado onde o congressista tentará a reeleição em novembro) seria o primeiro da campanha onde Ryan e Trump apareceriam juntos, após mostrarem suas diferenças publicamente em diversas ocasiões.

Ryan demorou vários meses para oficializar seu apoio ao magnata imobiliário, por conta do seu discurso incendiário, mas após várias reuniões, finalmente eles tinham entrado em um acordo.

No entanto, Ryan estava afastado do processo desde que Donald Trump foi confirmado oficialmente como o candidato republicano, algo incomum, já que ostenta o cargo político de maior categoria no país para a bancada conservadora.

EFE   
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