PUBLICIDADE

Eleições nos EUA

Obama condena denúncia de Trump sobre eleições "fraudadas"

18 out 2016 - 16h17
(atualizado às 17h06)
Compartilhar
Exibir comentários
Foto: Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez duras críticas nesta terça-feira às denúncias "sem precedentes" e "irresponsáveis" do candidato do Partido Republicano à presidência, Donald Trump, sobre uma possível fraude no sistema eleitoral para evitar sua vitória no pleito de 8 de novembro.

Obama ressaltou que nunca tinha visto em sua vida um candidato à presidência "tentando desacreditar" as eleições antes mesmo da votação, algo sem precedentes na história política moderna.

Por isso, durante uma entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, na Casa Branca, Obama enviou um recado para Trump, ao dizer que ele deve parar de "reclamar" para se concentrar em defender sua agenda na busca de votos, porque essa atitude não mostra que ele tem o tipo de liderança necessária para ser o presidente dos EUA.

As denúncias de Trump "aparentemente não estão baseadas em fatos" e "não mostram o tipo de liderança e força que as pessoas querem ver em um presidente", declarou Obama.

Para o atual chefe de Estado dos EUA, "uma das melhores coisas" da democracia americana é que, quando uma disputa política termina, mesmo que seja "implacável", "historicamente a pessoa que perde parabeniza o vencedor".

"Assim é como a democracia sobrevive", porque é algo "mais importante" que qualquer campanha individual, opinou Obama.

Trump chegou a pedir a seus simpatizantes que monitorassem os locais de votação para identificar uma possível fraude eleitoral, o que aumentou os temores de que o magnata possa se recusar a aceitar uma derrota para a postulante democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, em novembro.

O bilionário vem insistindo há alguns dias em seus comícios, sem apresentar provas, nessa suposta manipulação do sistema eleitoral contra ele, uma alegação da qual se distanciaram figuras proeminentes do Partido Republicano, como o presidente da Câmara dos Representantes Paul Ryan.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade