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Estados Unidos

Casa Branca arquivará atividade do governo de Obama nas redes sociais

23 dez 2016 - 18h32
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A Casa Branca preservará o material criado para as redes sociais durante os oito anos de mandato do presidente Barack Obama, que deixa o poder em 20 de janeiro.

Dezenas de milhares de mensagens - que incluem textos, fotos, vídeos e áudios - ficarão guardados na Administração Nacional de Arquivos e Registros (Nara, na sigla em inglês).

A Casa Branca informou que as mudanças ocorrerão a partir da posse do presidente eleito do país, Donald Trump, que assumirá o controle das redes sociais do governo no próximo ano.

As mensagens divulgadas pela Casa Branca, pelo próprio presidente, pelo vice-presidente e a vice-presidente passará a fazer parte do arquivo nacional assim como foram guardados os registros de governos anteriores, como notas manuscritas, faxes e e-mails.

No Twitter, o usuário @Potus, que tem 12,7 milhões se seguidores, estará disponível para Trump, grande fã da rede social. Os tweets de Obama serão transportados para a conta @Potus44, já que o atual presidente é o 44º ocupante da Casa Branca na história.

O mesmo ocorrerá com as contas de Twitter da Casa Branca (@White House), da Secretaria de Imprensa (@PressSec), da primeira-dama (@Flotus) e do vice-presidente (@VP), além das demais redes sociais do governo em Instagram, Facebook, Medium, Tumblr e YouTube.

Fora desse arquivo, porém, ficará um dos tweets mais populares da rede social, no qual Obama, em sua conta pessoa, comemorava a reeleição publicando uma foto abrançando sua esposa, Michele Obama, e com um comentário "quatro anos mais".

A conta pessoal de Obama tem mais de 80,2 milhões de seguidores e 15.400 tweets, o que mostra a popularidade do presidente que deixa o poder em janeiro. A conta no Twitter foi aberta em 2007 para a primeira campanha do presidente à Casa Branca, no ano seguinte.

Obama foi o primeiro presidente dos EUA a utilizar as redes sociais com o perfil @Potus, respondeu perguntas dos cidadãos pelo YouTube e criou uma conta no SnapChat, muito usado pelos jovens.

Na transição do governo, a Casa Branca deseja que a administração de Trump siga utilizando e desenvolvendo as redes sociais e seus mecanismos para interagir com os cidadãos. No entanto, o polêmico uso das redes sociais por Trump transforma agora em uma incógnita como o futuro governo lidará com o mundo digital.

O anúncio feito na última quinta-feira sobre a composição da futura equipe de comunicação de Trump, que será comandada por quatro pessoas de confiança do republicano na campanha, sugere que o republicano optará pela continuidade de sua estratégia.

Com quase 17,8 milhões de seguidores e mais de 34 mil tweets, Trump usou a rede social para atacar oponentes políticos, como a democrata Hillary Clinton, os rivais republicanos nas eleições primárias, jornalistas, minorias e mulheres.

Em sua primeira entrevista como presidente eleito, Trump afirmou que ficará "mais contido" nas redes sociais depois de assumir o cargo. Ele disse manterá a conta pela capacidade de as redes sociais chegarem a milhares de pessoas e porque representa uma ferramenta de "contrainformação".

EFE   
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