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Mundo

Pelo menos 186 mil pessoas já fugiram da Líbia para vizinhos

4 mar 2011 - 13h00
(atualizado às 13h08)
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Pelo menos 186 mil pessoas já conseguiram fugir da Líbia com destino a Tunísia, Egito e Níger, confirmou nesta sexta-feira à Efe a porta-voz da Organização Internacional de Migrações (OIM), Jemini Pandya. Deles, cerca de 104 mil cruzaram pela passagem da fronteira de Ras el Jedir para chegarem à Tunísia, segundo dados fornecidos ao organismo humanitário pelas autoridades militares tunisianas que realizam os controles migratórios. Pandya indicou também que atualmente 10 mil pessoas esperam ser evacuadas nessa área.

Imagens de satélite processadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) confirmaram nesta sexta-feira que outras milhares de pessoas esperam do lado líbio uma oportunidade para passar ao país vizinho. Nas outras fronteiras, cerca de 69 mil entraram no Egito e se contabilizou a chegada de outras 3 mil em Níger, que são principalmente cidadãos deste país, embora também há de outros países de África Subsaariana.

O número de pessoas que cruzam a Tunísia caiu sensivelmente entre a quarta-feira e a quinta-feira, depois que homens fortemente armados e que pertencem as Forças do regime de Muammar Kadafi tomaram o controle fronteiriço do lado da Líbia. Se nos últimos dias cruzavam entre 10 mil e 15 mil pessoas - praticamente todos homens -, na quinta-feira só cruzaram 2 mil, disse uma porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Pandya disse que, nesta sexta-feira, deve encerrar a repatriação ao Egito de todos os nacionais deste país que tinham chegado à Tunísia e confirmou que um crescente número de bangladesíes conseguiu atravessar o posto de Ras el Jedir, totalizando 6 mil até o momento. Estima-se que 63 mil cidadãos de Bangladesh trabalhavam na Líbia quando começou a rebelião contra o atual regime.

Ao mesmo tempo, Pandya disse que se recolheram relatos de subsaarianos que fugiram desesperados da Líbia, onde estão sendo vítimas de animosidade porque são confundidos com mercenários pagos por Kadafi para sufocar o levantamento civil.

EFE   
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