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Ásia

Yuriko Koike vence eleição e vira a 1ª governadora de Tóquio

31 jul 2016 - 16h01
(atualizado às 16h32)
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Yuriko Koike, de 64 anos, venceu de maneira arrasadora as eleições para o cargo de governador de Tóquio
Yuriko Koike, de 64 anos, venceu de maneira arrasadora as eleições para o cargo de governador de Tóquio
Foto: EFE

A veterana política japonesa Yuriko Koike, de 64 anos, venceu neste domingo, de maneira arrasadora, as eleições para o cargo de governador de Tóquio, fato que a torna a primeira mulher a assumir este posto.

Yuriko, que se apresentou como independente, venceu com 2,9 milhões de votos, 44%, os outros 20 candidatos, e com isso assumirá o segundo cargo político mais importante do país. Entre seus rivais estavam o ex-ministro de Interior Hiroya Massouda (64 anos), apoiado pelo governante Partido Liberal -Democrata (PLD), que conseguiu 1,8 milhões de votos, e o jornalista Shuntaro Torigoe (76), apoiado pelos principais partidos da oposição, que obteve 1,3 milhões.

Yuriko, que era até agora deputada do PLD no parlamento nacional e foi ministra da Defesa e do Meio Ambiente em governos anteriores, era a favorita e pautou a sua campanha em se apresentar como uma política com experiência, mas desvinculada dos grandes partidos.

"Podia ter pedido o voto como mulher, mas as pessoas que votam em mim procuram uma nova forma de governar Tóquio acima dos partidos. Me apresentei com o objetivo de melhorar a vida de todos os cidadãos: homens, mulheres, idosos, crianças e deficientes", garantiu ela ao saber das pesquisas com sua vitória.

Das 47 prefeituras do Japão, apenas sete contam com mulheres no cargo de governadora, enquanto no parlamento japonês a representação feminina é de pouco mais de 10%.

A posição de governador de Tóquio é considerada a segunda mais importante do país, atrás da de primeiro-ministro, já que o PIB do local coloca a região entre as 12 maiores economias do mundo.

A nova governadora de Tóquio, uma cidade com população de mais de 13 milhões de habitantes, será a encarregada de receber bastão dos Jogos Olímpicos das mãos do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, na cerimônia de encerramento, no dia 21 de agosto, e liderar a preparação da metrópole para Tóquio 2020.

A organização do evento na capital japonesa se viu atingida por vários escândalos, como os relacionados ao estádio olímpico, que foi recusado por conta de seu grande custo, e do logotipo dos Jogos, que foi removido após acusações de plágio.

"Quero analisa quanto custarão os Jogos Olímpicos para Tóquio. Quero que tudo relacionado ao orçamento seja mais transparente para os cidadãos. Esse será o primeiro passo", disse hoje a ex-apresentadora de TV.

EFE   
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