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Ásia

Radiação diminui em vários reatores de Fukushima, diz AIEA

27 mar 2011 - 13h02
(atualizado às 14h19)
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A radiação e a temperatura em diversos setores da usina nuclear de Fukushima diminuíram, segundo o último relatório publicado neste domingo pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que, no entanto, segue qualificando de "muito grave" a situação na usina.

info infográfico situação crítica fukushima
info infográfico situação crítica fukushima
Foto: AFP

"As medições de radiação nos compartimentos de contenção e as câmaras de supressão das unidades 1, 2 e 3 continuaram descendo. Uma fumaça branca seguiu saindo das quatro unidades", explicou em comunicado a AIEA sobre a evolução das últimas horas.

No compartimento de pressão do reator 1 foi detectado um ligeiro aumento de pressão, enquanto nas unidades 2 e 3 continua estável, o que, segundo a AIEA, "possivelmente indica que não há grandes brechas nos compartimentos de pressão".

O organismo mostrou preocupação porque uma fissura no compartimento que contém o reator número 3, carregado com plutônio, pode ser a origem dos altos níveis de radioatividade que na quinta-feira passada obrigaram dois operários a serem hospitalizados.

Em relação à temperatura, as medições no fundo do compartimento de pressão dos reatores 1 e 2 mostram um ligeiro esfriamento, mas os valores continuam sendo altos, de 142°C e 97°C, respectivamente. Foi possível levar energia às salas de controle dos três primeiros reatores, que continuam recebendo água doce para esfriar.

Ao mesmo tempo, segue diminuindo a água radioativa acumulada no edifício da turbina do reator 1, para reduzir o risco de contaminação dos operários e facilitar os trabalhos de restauração da provisão elétrica que permita ativar os vitais sistemas de refrigeração.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram 10,6 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

EFE   
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