PUBLICIDADE

Ásia

ONG pede fim do consumo de carne de cachorro na Coreia do Sul

3 mai 2012 - 12h23
(atualizado às 17h19)
Compartilhar

Uma ONG da Coreia do Sul que luta contra o consumo de carne de cachorro no país denunciou as más condições em que os animais são criados e abatidos. A ONG Kara é uma das que defendem a proibição da venda da "Kaegogi" (carne canina) nos restaurantes especializados. Segundo o porta-voz da Kara, Seo Bora-mi, os cães "vivem aglomerados em jaulas pequenas sem as mínimas condições de higiene" - e, para sacrificá-los, vários estabelecimentos usam métodos cruéis, como golpes na cabeça e enforcamento.

Cachorros que serão abatidos e servidos como comida são mantidos em jaulas pequenas e com más condições de higiene
Cachorros que serão abatidos e servidos como comida são mantidos em jaulas pequenas e com más condições de higiene
Foto: EFE

"Os cachorros fazem parte da vida das pessoas, são inteligentes, percebem o que acontece ao seu redor e expressam seus sentimentos", afirmou Seo Bora-mi. De acordo com o porta-voz da Kara, cães de todas as raças, "de poodle a maltês", são sacrificados para serem servidos como comida na Coreia do Sul.

O consumo da "Kaegogi" é uma tradição de milhares de anos na região, mas ocorre ocasionalmente, já que é uma carne relativamente cara (de 10 a 15 euros por pessoa - R$ 25 a R$ 38) e está disponível somente em locais especializados. "É deliciosa e não se pode comparar com a carne de porco ou de vaca", disse o estudante de engenharia Park Bit-garam, 23 anos, enquanto toma uma sopa de carne de cachorro em um restaurante do mercado de Moran, ao sul de Seul, famoso por criar cães para consumo humano.

Ainda que a legislação tecnicamente proíba a venda e o consumo de carne de cachorro por não considerar o animal como gado, não há nenhuma punição estabelecida. Assim, criadores e comerciantes de cães trabalham em um vácuo legal onde escapam das inspeções e dos controles sanitários.

Com informações da agência EFE.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade