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Ásia

Índia fechará totalmente a fronteira com Paquistão em 2018

7 out 2016 - 14h50
(atualizado às 16h58)
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O ministro de Interior da Índia, Rajnath Singh, anunciou nesta sexta-feira que fechará totalmente a fronteira que compartilha com o Paquistão no final de 2018, medida que tem especial relevância por conta da escalada de tensão que as duas potências nucleares atravessam atualmente.

"O Ministério do Interior determinou o objetivo de fechar totalmente a fronteira indo-paquistanesa até dezembro de 2018", declarou Singh à imprensa durante uma visita ao estado de Rajastão, a região indiana que compartilha mais território com o Paquistão.

Segundo ele, para fechar totalmente os 3.323 quilômetros de fronteira compartilhada, o governo indiano preparou um plano detalhado dos trabalhos a realizar e a periodicidade de supervisão das obras.

Em comunicado prévio, o Ministério do Interior tinha divulgado parte do plano para cercar a fronteira, que se centrará em quase 255 quilômetros com o Paquistão que ainda não contam "com barreiras físicas ou não físicas". O controle "não físico" se refere principalmente a zonas fluviais como rios, pântanos e riachos e consistirá em "soluções tecnológicas" que incluem câmaras, sensores e radares.

A tensão entre ambos os países aumentou depois que a Índia lançou ataques "cirúrgicos" em 29 de setembro contra supostos acampamentos de terroristas em pontos da fronteira com o Paquistão, uma afirmação que o país vizinho negou assegurando que se tratou de um cruzamento de disparos como os que habitualmente existem.

Na ação morreram pelo menos dois militares paquistaneses e um número indeterminado de terroristas. Essa foi a primeira resposta militar da Índia na área após o ataque em meados de setembro de um grupo de insurgentes supostamente paquistaneses a uma base indiana na Caxemira, que custou a vida a 19 soldados indianos.

Desde o momento da traumática partilha do Sul da Ásia com a retirada do Império Britânico, em 1947, Índia e Paquistão viveram duas guerras e vários conflitos armados menores pela região da Caxemira.

EFE   
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