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Ásia

EUA reconhecem transparência de eleições russas, mas alertam para restrições

19 set 2016 - 19h07
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Os Estados Unidos elogiaram nesta segunda-feira "o relatório preliminar" sobre as eleições parlamentares na Rússia realizado por várias instituições, no qual se concluiu que estas transcorreram de maneira "transparente", embora tenha "tomado nota" de "restrições às liberdades fundamentais".

Em comunicado, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, John Kirby, aplaudiu a missão de observadores do Escritório de Instituições Democráticas e Direitos Humanos (OIDDH) da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) e da Assembleia Parlamentar da OSCE.

"Reconhecemos que a Comissão Eleitoral Central da Rússia administrou as eleições de forma transparente, mas tomamos nota da afirmação do informe que 'o ambiente eleitoral se viu afetado negativamente pelas restrições às liberdades fundamentais e aos direitos políticos'", destacou a nota.

Além disso, também foram detectadas coerções aos veículos de comunicação e uma dura pressão sobre a sociedade civil.

"Compartilhamos a preocupação dos observadores de que o caráter inclusivo do processo de registro de candidatos foi menor pelas limitações no direito a manifestar-se e pelos excessivos requisitos de registro, particularmente para candidaturas independentes", disse Kirby na nota.

"Também tomamos nota dos relatórios de observação durante o período da campanha sobre o mau uso dos recursos administrativos por algumas autoridades locais, obstrução de certos atos de campanha, e reiteramos nossa preocupação pelo assédio aos membros destacados da oposição política", acrescentou.

Kirby reiterou que, como em todas as sociedades, "os russos merecem eleições livres, justas e transparentes, e líderes responsáveis".

"Instamos as autoridades russas a tomar medidas positivas perante as recomendações contidas no relatório dos observadores da OSCE, e nas recomendações de outros observadores nacionais e internacionais", concluiu o comunicado.

O partido Rússia Unida, do presidente Vladimir Putin, obteve neste domingo 343 das 450 cadeiras que formam a Duma, Câmara dos Deputados, com o que conseguiu uma vitória arrasadora nos pleitos, nos quais aumentou sua representação parlamentar em 105 cadeiras e alcançou uma grande maioria constitucional.

EFE   
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