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América Latina

Poder Eleitoral venezuelano revisará relatório técnico para revogatório

27 jul 2016 - 01h03
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O Conselho Eleitoral da Venezuela (CNE) disse nesta terça-feira que na próxima segunda, dia 1º de agosto, vai analisar o relatório técnico sobre a validação das impressões digitais das pessoas que assinaram em apoio ao referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro.

Um comunicado divulgado pelo CNE indicou que os cinco principais orientadores deste órgão "considerarão na próxima segunda-feira, dia 1º de agosto, o relatório técnico de revisão do processo de validação das impressões digitais".

O anúncio foi feito no final de um dia em que a oposição venezuelana estava reunida na Mesa da Unidade Democrática (MUD) e esperava que o Poder Eleitoral informasse sobre os resultados do relatório e desse carta branca para ativar o revogatório.

Na carta, a presidente do CNE, Tibisay Lucena, informa que a revisão será feita quando o relatório for apresentado a governante pela Comissão de Participação Política e Financiamento (Copafi).

Além disso, o CNE diz que completado este procedimento, a comissão deverá considerar seu conteúdo "que está programado para ser realizado nesta quarta-feira".

"A máxima autoridade eleitoral do país lembrou que o Poder Eleitoral veio atuando em estrito cumprimento da lei e das normas", afirmou.

Também garante que esta etapa de revisão das impressões digitais de 1% dos inscritos no registro eleitoral que assinaram para pedir um revogatório culmina na próxima segunda.

Segundo este comunicado, Tibisay declarou que "atores políticos" têm anunciado para esta quarta-feira "ações de agitação e pressão contra o CNE como suposta resposta às falsas matrizes de descumprimentos, o que poderia terminar em alterações e ataques" contra funcionários do corpo eleitoral.

Neste ponto, a reitora se refere a manifestação convocada pela MUD para esta quarta-feira a fim de exigir a passagem para a seguinte etapa na ativação do revogatório.

"A respeito (Tibisay) reiterou o chamado do Poder Eleitoral para evitar qualquer sinal de violência e recordou que, como observado em junho, em caso de agressão ou alteração da ordem pública, as atividades eleitorais serão suspensas até que se restaure a tranquilidade e a ordem", alerta na carta.

A MUD aguardava para esta terça-feira que o CNE anunciasse ter cumprido com a obrigação de demonstrar que 1% dos inscritos no registro eleitoral apoiaram com suas assinaturas a realização de um revogatório, o que não ocorreu.

EFE   
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