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América Latina

Opositores venezuelanos saem às ruas mais uma vez para pedir saída de Maduro

27 jul 2016 - 20h59
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Centenas de venezuelanos marcharam nesta quarta-feira pela quarta vez em Caracas e em outras cidades do país para pedir ao Poder Eleitoral que não atrase os trâmites para poder convocar o referendo impulsionado pela oposição para revogar o mandato do presidente do país, Nicolás Maduro.

Os opositores marcharam de dois pontos da capital venezuelana comandados respectivamente pelo duas vezes candidato presidencial Henrique Capriles e pelo presidente do parlamento da Venezuela, o opositor Henry Ramos Allup, cada um de uma parte diferente da cidade.

Desde o último mês de maio a oposição, reunida na Mesa da Unidade Democrática (MUD), marchou em quatro oportunidades para tentar pressionar o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para que avance no processo, assim como tem acusado o órgão eleitoral de atuar a favor do governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).

O CNE postergou para a próxima segunda-feira o anúncio que a MUD esperava ontem, sobre a continuidade do processo, o que levou a aliança opositora a manter a manifestação para hoje.

Como nas vezes anteriores a oposição não pôde chegar até a sede do CNE, localizada no município de Libertador, no centro da cidade, devido à proibição de manifestações opositoras nessa jurisdição governada pelo chavista Jorge Rodríguez, que ordenou o fechamento de todos os acessos a esse município.

O chavismo, que convocou concentrações para respaldar as últimas ações do governo para combater a escassez de alimentos, desprezou a mobilização opositora.

O deputado governista Diosdado Cabello, considerado o número dois do chavismo, escreveu no Twitter que "Capriles e seu comboio entram hoje em uma severa depressão, convocaram sua gente e os acompanhou a solidão".

Capriles, por outro lado, considerou que o objetivo de hoje foi alcançado após entregar uma carta ao reitor do CNE, Luis Emilio Rondón, no qual fazem uma apuração dos passos cumpridos pela oposição para ativar o revogatório.

O reitor assegurou que a instituição oferecerá uma resposta ao trâmite do revogatório "o mais tardar" na próxima segunda-feira, ou pelo menos assim indicou Capriles ao término da passeata, que se dissolveu pacificamente e sob uma chuva leve que esfriou os ânimos.

EFE   
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