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América Latina

Cartes pede calma à população após invasão e incêndio no Congresso paraguaio

1 abr 2017 - 00h12
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O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, pediu nesta sexta-feira aos cidadãos que mantenham a calma e não se deixem levar pela violência, depois que centenas de manifestantes incendiaram parte do edifício do Congresso, depois da aprovação de 25 senadores de um projeto de emenda constitucional que permite a reeleição presidencial.

"Diante das cenas de vandalismo ocorridos nas últimas horas contra a sede do Governo Nacional, peço à população que mantenha a calma e não se deixe levar pelo que há meses vêm anunciando fatos de violência e derramamento de sangue", disse Cartes, através de um comunicado.

Ele acrescentou que o incêndio no Congresso "demonstra, mais uma vez, que um grupo de paraguaios na política e em meios de comunicação de massa, não pouparão esforços para conseguir o objetivo que é destruir a democracia e a estabilidade política e econômica do país".

"A democracia não é conquistada e defendida com violência e podem ter certeza que este governo seguirá se esforçando para manter a ordem jurídica na República. Peço a todos meus compatriotas que dialoguem e respeitem as opiniões contrárias", afirmou.

A declaração de Cartes aconteceu depois que grupos de manifestantes invadiram o edifício do Congresso e colocaram fogo em várias instalações.

Durante os confrontos com a polícia, ficaram feridos por balas de borracha o deputado Edgar Acosta e o presidente do Partido Liberal, Efraín Alegre.

Os incidentes começaram depois que 25 senadores votaram a favor do projeto de emenda nas dependências da Frente Guasú, do ex-presidente Fernando Lugo, e sem a presença dos demais legisladores e do presidente do Senado, Roberto Acevedo.

O partido de Lugo aprovou a emenda para que o ex-bispo possa concorrer nas eleições de 2018, e o Partido Colorado para que o atual presidente do Paraguai, Horacio Cartes, possa fazer o mesmo.

A atual Constituição paraguaia proíbe a reeleição presidencial.

Por outro lado, o Partido Liberal, o maior da oposição, e outras forças opositoras, alegam que a emenda é anticonstitucional como meio de facultar um segundo mandato presidencial.

EFE   
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