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América Latina

Almagro agradece apoio do Senado dos EUA em críticas à Venezuela

1 mar 2017 - 15h51
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O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, agradeceu nesta quarta-feira o apoio bipartidário do Senado dos Estados Unidos para que a organização aplique a Carta Democrática contra a Venezuela, um processo que poderia levar a suspensão do país da entidade.

"Agradecemos o apoio bipartidário do Senado dos EUA à implementação da Carta Democrática no caso #Venezuela", escreveu Almagro em sua conta no Twitter.

O Senado dos EUA aprovou ontem, por unanimidade, uma resolução sobre a Venezuela que afirma o apoio à invocação que Almagro fez do artigo 20 da Carta Democrática Interamericana.

O texto pede que o Conselho Permanente da OEA, que representa os países-membros, faça uma "avaliação coletiva da ordem constituição e democrática" da Venezuela.

Almagro ativou o processo da Carta Democrática no último dia 31 de maio, com um duro relatório de 132 páginas sobre a Venezuela no qual concluiu que no país existe uma "alteração da ordem constitucional que afeta gravemente a ordem democrática".

O debate ficou aberto porque o grupo de países que se declararam "preocupados" pela crise venezuelana - entre eles os EUA - preferiram até agora optar por resoluções conciliadoras para impulsionar as até então frustradas tentativas de diálogo entre governo e oposição.

Na resolução, o Senado pede que o presidente dos EUA, Donald Trump, "dê apoio total aos esforços da OEA em favor de soluções democráticas e constitucionais para o beco sem saída vivido pela Venezuela". Além disso, o texto pede ao governo de Nicolás Maduro a libertação dos presos políticos e que haja respeito aos processos constitucionais e democráticos, incluindo eleições livres e justas.

Almagro deve publicar nesta semana uma atualização do relatório sobre a Venezuela. Embora não tenha antecipado o conteúdo do documento, o secretário-geral disse em entrevista à Agência Efe na semana passada que a única saída para o "regime autoritário" de Maduro são "eleições livres".

Em apenas um mês como presidente, Trump deu vários passos para aumentar a pressão sobre o governo venezuelano. Na última sexta-feira, ele afirmou que tem um "grande problema" com a Venezuela durante um encontro com o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski em Washington.

Desde que chegou à Casa Branca, Trump falou por telefone sobre a situação da Venezuela, separadamente, com o próprio Kuczynski, e com os presidentes de Colômbia, Panamá e Argentina, segundo informações oficiais sobre suas ligações.

Antes da visita do presidente peruano, o Departamento de Estado dos EUA pediu em comunicado um "processo democrático" na Venezuela e a libertação dos "presos políticos".

Além disso, Trump exigiu a liberdade do líder opositor Leopoldo López depois de se reunir com a esposa dele, Lilian Tintori, na Casa Branca, dois dias depois de o governo dos EUA impor sanções ao vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, acusado de narcotráfico.

EFE   
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