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África

Nigéria anuncia tomada do santuário do Boko Haram

24 dez 2016 - 12h44
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O presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, anunciou neste sábado a tomada completa por tropas governamentais da floresta de Sambisa, situado no nordeste do país e considerado o último grande refúgio e lugar de esconderijo da milícia islamita Boko Haram.

"Os terroristas fugiram e já não têm um lugar onde se esconder", declarou sobre essa conquista finalizada na sexta-feira o presidente, que foi informado pelo chefe do Exército.

Além de santuário e da base de operações, a floresta de Sambisa era o último grande território controlado pela seita fundamentalista na parte nordeste da Nigéria, explicou Buhari em seu comunicado.

Separado por 60 quilômetros de Maiduguri, capital do Estado de Borno, a floresta de Sambisa tem uma superfície de cerca de 60 mil quilômetros quadrados, 18 vezes maior que a maior cidade da Nigéria, Lagos.

Desde que começou sua atividade terrorista há sete anos, Boko Haram matou mais de 20 mil pessoas e provocou o deslocamento de mais de dois milhões.

A milícia controlava até há pouco vastas áreas do nordeste da Nigéria, nas quais aspirava criar um califado regido pela sharia como o que seus aliados do Estado Islâmico implantaram no Oriente Médio.

Buhari chegou ao poder em maio de 2015, com a luta contra Boko Haram como uma de suas prioridades.

Desde então, o Exército nigeriano conseguiu, junto às tropas de seus aliados regionais Camarões, Níger, Chade e Benin, fazer os fundamentalistas recuarem, mas sem desistir, no entanto, de sua campanha de terror contra civis, frequentemente com meninas que se imolam em mercados e outros lugares movimentados.

O Boko Haram provocou uma onda de indignação no mundo todo ao sequestrar, em abril de 2014, 276 estudantes de uma escola feminina de ensino médio da cidade de Chibok, no estado de Borno.

Cerca de 200 menores seguem em mãos da seita e, segundo testemunhos de algumas vítimas, são utilizadas como servintes e são estupradas repetidamente.

EFE   
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