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5 momentos polêmicos na carreira de George Michael

26 dez 2016 - 09h24
(atualizado às 09h30)
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George Michael enfrentou problemas com a justiça por causa do consumo excessivo de álcool e drogas
George Michael enfrentou problemas com a justiça por causa do consumo excessivo de álcool e drogas
Foto: Getty Images

A carreira de George Michael foi marcada por um enorme sucesso de vendas, muitos aplausos, mas também por escândalos.

A beleza física e a qualidade vocal transformaram o cantor em um dos favoritos do público desde que ele se dedicou à carreira solo, deixando para trás a identidade de ídolo adolescente da dupla Wham!, de 1981.

Mas houve um momento em que a luta contra as drogas e passagens pela polícia ameaçaram sua trajetória musical.

Com a fama também veio a depressão, contra a qual o cantor, que faleceu no domingo aos 53 anos, lutou durante anos.

Em uma entrevista nos arquivos da BBC, o astro disse que agradecia por "fazer parte da vida das pessoas como artista".

Mas também admitiu que não era capaz de suportar o sucesso.

George Michael cantou no encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012
George Michael cantou no encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012
Foto: Getty Images

"Meu Deus, quem dera pudesse suportá-lo. Eu queria ter nascido com uma armadura, mas não é assim", disse.

Acompanhe cinco momentos polêmicos da vida e da carreira artística de George Michael.

1. Batalha legal com a gravadora Sony

Ao mesmo tempo em que batia recordes de vendas com seu álbum solo Faith, George Michael empreendia uma batalha jurídica contra a gravadora Sony. E acabou perdendo essa briga.

George Michael vendeu mais de 100 millhões de discos em toda a sua carreira
George Michael vendeu mais de 100 millhões de discos em toda a sua carreira
Foto: PA

O artista recorreu à Justiça alegando que o contrato que assinara em 1988 era injusto, de acordo com as leis britânicas e da União Europeia, porque o mantinha preso à gravadora por 15 anos.

Essa cláusula faria com que ele perdesse o controle da divulgação da sua música, disse o cantor num tribunal de Londres.

Michael argumentou também que os executivos da Sony queriam, contra a sua vontade, continuar promovendo sua imagem de símbolo sexual adolescente dos tempos da dupla Wham!, segundo informou o jornal The New York Times , em 1994.

Apesar de perder essa batalha judicial, George Michael conseguiu deixar a Sony depois que a Virgin comprou seu contrato.

No entanto, em 2003 retornou à Sony.

2. A polêmica de 'I Want Your Sex'

O cantor surpreendeu ao assumir publicamente que tinha uma relação amorosa com o empresário americano Kenny Goss (esq.)
O cantor surpreendeu ao assumir publicamente que tinha uma relação amorosa com o empresário americano Kenny Goss (esq.)
Foto: Getty Images

O primeiro título do álbum Faith (1987) era, na verdade, I Want Your Sex (Quero seu sexo, em inglês).

O título da canção, sobre um homem tentando convencer uma mulher a ter relações sexuais, causou controvérsia principalmente nas rádios dos Estados Unidos.

Muitas estações se recusaram a tocar a música, enquanto outras mudaram a palavra sexo por amor e editaram uma nova versão da música.

Ainda assim, a canção foi a número 1 nas paradas de sucesso da Inglaterra e dos EUA.

3. O incidente no banheiro público

Em abril de 1998, Michael foi preso em um banheiro público de Beverly Hills, na Califórnia, por um policial disfarçado e acusado de participar de "ato lascivo".

O incidente ganhou manchetes em tabloides sensacionalistas em todo o mundo.

O cantor foi multado e condenado a 80 horas de serviço comunitário.

Apesar de ter dito abertamente que era bissexual, Michael declarou à revista Advocate que tinha uma relação com um homem, o empresário Kenny Goss, de quem se separou em 2009, após 13 anos de união.

Ao brigar com a Sony, Michael acusou os executivos da gravadora de quererem que ele mantivesse a imagem de símbolo sexual adolescente da época da dupla Wham!, em 1981
Ao brigar com a Sony, Michael acusou os executivos da gravadora de quererem que ele mantivesse a imagem de símbolo sexual adolescente da época da dupla Wham!, em 1981
Foto: BBC

Além disso, compôs Outside, cujo videocliple mostra um banheiro público decorado como uma discoteca e com modelos vestindo uniformes de polícia.

4. Posse de drogas

Em outubro de 2006, Michael se declarou culpado de dirigir sob a influência de drogas e, dois anos depois, foi acusado de ter em seu poder drogas, entre elas crack.

Em uma entrevista de 2009 ao jornal britânico The Guardian, o cantor admitiu ter consumido crack naquela ocasião e negou que usasse a droga com frequência.

Em 2010, George Michael passou quatro semanas preso por causar um acidente ao dirigir sob a influência de drogas, em Londres
Em 2010, George Michael passou quatro semanas preso por causar um acidente ao dirigir sob a influência de drogas, em Londres
Foto: Getty Images

No entanto, admitiu que chegava a fumar até 25 cigarros de maconha por dia e que havia reduzido o consumo para "uns sete ou oito por dia, provavelmente".

Em setembro de 2010, passou quatro semanas na prisão depois de perder o controle da sua caminhonete e invadir uma loja de Londres. Ele estava dirigindo sob a influência de drogas.

Ao sair da cadeia, admitiu que estava envergonhado por desrespeitar a lei e disse que estava fazendo um tratamento para se livrar do vício.

5. A música de protesto contra Blair e Bush

Michael compôs Shoot the Dog (Atire no Cachorro, em inglês), canção em que critica a relação entre o então primeiro-ministro britânico Tony Blair e o então presidente americano George W. Bush.

A carreira musical de George Michael (dir.) durou quase 40 anos
A carreira musical de George Michael (dir.) durou quase 40 anos
Foto: PA

O videoclipe, uma sátira feita com desenhos animados divulgada em 2002 - pouco antes da invasão do Iraque -, mostrava Bush como um comandante supremo das Forças Armadas dos EUA que não entendia nada sobre conflitos internacionais.

Tony Blair aparece em seguida como o cachorrinho de Bush no jardim da Casa Branca.

O videoclipe causou revolta e muitos acusaram o cantor de "antiamericano".

Michael disse em uma entrevista que "temia viajar para os EUA" por causa dos ataques que recebera e negou ser contra o governo americano.

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