A cobra fumou

Eduardo Herrmann - GHX Comunicação

O dia 2 de julho entrou para a história do Brasil como a data em que o País partiu para o front europeu e engrossou as fileiras dos Aliados na Segunda Guerra Mundial. Neste dia, há 70 anos, o 1º Escalão da Força Expedicionária Brasileira (FEB) saiu do Rio de Janeiro rumo à Itália. Duas semanas depois, os cinco mil homens, que ingressaram no navio americano General Mann, desembarcaram em Nápoles, onde se iniciou a participação verde e amarela no conflito mais sangrento do século 20.

O contingente total que foi à guerra, entre soldados e oficiais, era de 25.334 brasileiros. Comparado com o total de envolvidos entre as nações aliadas, o número é ínfimo. Mesmo assim, os pracinhas, como ficaram conhecidos os soldados daqui, não fizeram feio. Apesar de poucos, os combatentes se portaram muito bem e voltaram para casa com histórias de bravura e o sentimento de dever cumprido. Os 467 homens que não voltaram para casa são lembrados pelas estratégicas batalhas de Monte Castelo e Montese. Ao fim do conflito, os brasileiros renderam mais de 20 mil alemães na Itália, impuseram importantes derrotas aos nazistas e colaboraram para encerrar uma guerra que ceifou a vida de mais de 60 milhões de pessoas.

Apesar de sua atuação no lado vencedor da história, o veterano Geraldo Campos Taitson, hoje aos 93 anos, sentencia: "A guerra é uma tragédia para quem ganha e para quem perde".

Veja a seguir os detalhes da participação brasileira no capítulo mais sangrento do século passado.

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