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Humanos podem ter atingido longevidade máxima

6 out 2016 - 08h08
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Estudo indica que, apesar dos avanços da medicina, o limite da vida humana seria de 115 anos. Alguns cientistas contestam e afirmam que pesquisa não leva em consideração técnicas como a manipulação genética.Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (05/10) pela revista Nature afirma que, apesar dos avanços nas áreas da medicina e da nutrição, os seres humanos têm uma longevidade limitada, que já pode ter sido alcançada.

O estudo avalia que há poucas chances de que o recorde de longevidade, de 122 anos, seja quebrado. O limite máximo de uma vida humana seria de 115 anos.

Utilizando um banco de dados global com estatísticas sobre o envelhecimento, a pesquisa avalia que, enquanto a expectativa de vida aumentou drasticamente no século passado para alguns grupos de indivíduos - crianças, mulheres durante o parto e idosos -, esse crescimento desacelerou significativamente para idosos em idade avançada, como as pessoas com mais de 100 anos.

"Parece extremamente difícil, senão impossível, romper o limite máximo, devido à complexidade do processo de envelhecimento", afirma o pesquisador Jan Vijg, da Escola de Medicina Albert Einstein, em Nova York. Segundo as estimativas dos cientistas, as chances de um indivíduo de chegar aos 125 anos são menos de uma em dez mil.

Entretanto, alguns pesquisadores argumentam que técnicas como a manipulação genética, que aumentaram a expectativa de vida de alguns animais como ratos e minhocas, poderão no futuro ser aplicadas em seres humanos.

"Podemos aumentar significativamente a longevidade de várias espécies diferentes de animais. Não acho que os humanos sejam exceção", diz o geneticista David Sinclair da Faculdade de Medicina de Harvard.

Estudos realizados em pessoas centenárias concluíram que os estilos de vida têm papel fundamental na longevidade, postergando a ocorrência de doenças e deficiências. Já entre os chamados supercentenários - aqueles com mais de 110 anos de vida - o segredo da longevidade está na genética.

Thomas Perls, professor de Geriatria da Universidade de Boston, afirma que, em vez de consumir remédios contra o envelhecimento, as pessoas devem procurar se alimentar melhor, fazer exercícios físicos e se manter saudáveis durante as idades mais avançadas.

A idade mais alta já registrada de uma pessoa foi a de Jeanne Calment, que morreu em 1997 na França aos 122 anos.

RC/ap/rtr

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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