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RS: cacique candidato impede rivais de entrarem em aldeia

O caso foi registrado na aldeia Terra da Guarita, na divisa entre as cidades de Redentora e Tenente Portela

1 out 2016 - 10h07
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A corrida eleitoral gerou um fato inusitado durante esta semana no município de Tenente Portela, no norte do Rio Grande do Sul. A Justiça Eleitoral precisou acionar a Polícia Federal para garantir a segurança em uma aldeia indígena da região, espaço no qual candidatos a vereador estão sendo impedidos de ingressar para realizar campanha. O motivo seria o fato do cacique da comunidade também ser postulante a uma vaga na câmara municipal, restringindo o acesso dos demais concorrentes. 

Como as áreas indígenas são responsabilidade federal, apenas órgãos de proteção ligados a Brasília podem atuar nestes espaços, justificando a presença da Polícia Federal. De acordo com o chefe do cartório eleitoral de Tenente Portela, Dércio Rower, o pedido de apoio foi feito após denúncias de candidatos darem conta de revistas em veículos e impedimentos de acesso ao território, que conta com aproximadamente 1,8 mil eleitores. Os indígenas alegaram que a restrição na entrada dos candidatos buscava impedir compra de votos, prática que seria comum em eleições anteriores.

A reserva Terra da Guarita, que fica na divisa entre as cidades de Redentora e Tenente Portela, possui eleitores registrados em zonas das duas cidades. Os membros da aldeia que votam no município de Redentora contam com a possibilidade de usufruir de duas sessões dentro da própria tribo, situação que reforçaria as preocupações relacionadas ao transcurso do processo por parte da Justiça Eleitoral. Conforme Rower,a presença da Polícia Federal é fundamental para "garantir o processo de votação sem transtornos."

Fonte: Especial para Terra
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