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Renan Calheiros defende referendo para a reforma política

Presidente do Senado discorda da presidente Dilma Rousseff, que voltou a sugerir um plebiscito para a reforma política

27 out 2014 - 18h23
(atualizado às 19h11)
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Um dia após a presidente Dilma Rousseff (PT) dizer que um plebiscito para a reforma política será a prioridade de seu segundo mandato, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que o ideal seria que o Congresso Nacional aprovasse a reforma para, então, submetê-la a um referendo popular.

“Defendo a superação das divergências e também reitero minha defesa pela reforma política como o fiz desde sempre e, em especial, em 2013, após as manifestações cívicas (...) Entendo, entretanto, que o melhor caminho é o Congresso Nacional aprovar a reforma – caso contrário poderá pagar caro pela omissão – e submetê-la a um referendo popular, como fizemos na proibição de venda de armas e munições”, afirmou Calheiros, em nota.

No plebiscito, a população se manifesta sobre determinado assunto antes da mudança na lei ser aprovada. Já o referendo diz respeito à consulta popular feita após uma mudança já ter sido aprovada pelo Congresso Nacional.

Ontem, em seu primeiro discurso após a vitória nas urnas que garantiu sua reeleição, Dilma disse que a reforma política seria prioridade de seu governo e voltou a defender o plebiscito para dar início à reformulação. "Dentre as reformas, a primeira e mais importante deve ser a reforma política. Como instrumento dessa consulta, o plebiscito, nós vamos encontrar a força e a legitimidade exigida nesse momento de transformação para levarmos à frente a reforma política", afirmou.

Rejeição

No ano passado, Dilma chegou a anunciar uma proposta de plebiscito para a reforma política em meio à onda dos protestos de junho. A sugestão, no entanto, não encontrou apoio nem mesmo entre partidos da base aliada, e o próprio vice-presidente Michel Temer (PMDB) foi um dos maiores críticos da proposta.

Diante da rejeição, o Planalto acabou abafando o assunto na época, mas Dilma resgatou o plebiscito em pronunciamento em rede nacional de TV para o Dia do Trabalho, em 30 de abril deste ano. O tema voltou depois durante a campanha, quando a presidente recebeu de movimentos sociais um documento com 7,5 milhões de assinaturas pedindo a realização de um plebiscito para que o povo decidisse a respeito (ou não) da formação de uma assembleia constituinte para implantar a reforma política. 

Fonte: Terra
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