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PR: irmão de Requião é preso por invadir comitê de Beto

2 out 2014 - 18h59
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Correligionários de Roberto Requião (PMDB) e de Gleisi Hoffmann (PT) "estouraram", no final da manhã desta quinta-feira, um comitê de campanha de Beto Richa (PSDB), no bairro Portão, em Curitiba, onde supostamente havia material apócrifo contra as candidaturas dos adversários do governador. 

Liderados pelo irmão de Requião, Maurício Requião, o grupo acionou a polícia e a Justiça Eleitoral, mas invadiu o local antes mesmo da chegada das autoridades, para flagrar o armazenamento do material e evitar a destruição de provas. Com a chegada da Polícia Militar (PM), houve discussão, confusão e Maurício, juntamente com um sobrinho de Requião, Tadeu de Melo e Silva e o advogado Leonidas Chavez Filho receberam voz de prisão por invasão de propriedade privada. O deputado Dr. Rosinha (PT) também acompanhava o grupo, mas não foi detido por possuir imunidade parlamentar. Até o Comando de Operações Especiais da Polícia Civil foi acionado.

Quando os detidos estavam sendo encaminhados para o 8° Distrito Policial, para o registro de ocorrência e a prestação de esclarecimentos, um oficial de Justiça da Justiça Eleitoral chegou ao local. No momento, o barracão está isolado pela polícia com pessoas ligadas às campanhas dentro do imóvel. Segundo o advogado Gustavo Guedes, da campanha de Gleisi, após a chegada dos advogados, do oficial de Justiça, de representantes da OAB e do Ministério Público Eleitoral, a polícia teria recuado da decisão de encaminhar os envolvidos à delegacia. O advogado conta que o material contra Gleisi Hoffmann já foi apreendido. Outro mandato de busca e apreensão de materiais contra Requião não foi cumprido porque a única publicação encontrada tinha autoria identificada, como determina a legislação. Por volta das 16h50, todos os envolvidos deixaram o local. 

A assessoria do candidato Beto Richa nega todas as acusações e garante que os correligionários de Requião teriam plantado os documentos. O coordenador de campanha de Beto, Eduardo Sciarra, acompanha a movimentação. Dr. Rosinha lembrou que a existência do comitê com os panfletos apócrifos foi denunciada na quarta-feira e que, quando chegaram ao barracão, nesta quinta-feira, havia papel sendo queimado. "Quando chegamos aqui, na manhã desta quinta-feira, parte dos materiais impressos apócrifos contra Dilma (Rousseff) (PT), Gleisi e Requião ainda queimava em uma churrasqueira", disse. "Não tenho dúvidas de que a campanha do Beto Richa (PSDB) é responsável por este barracão e pela produção de todos esses panfletos ilegais. Há inclusive caminhões identificados da campanha tucana estacionados aqui dentro", declarou.

A Secretaria de Segurança Pública do Paraná emitiu nota informando que "foi aberta uma investigação criminal contra Maurício Requião, Thadeu de Mello e Silva, Leônidas Chaves Filho e outras quatro pessoas. Todos são acusados de invasão de propriedade particular, já que o ingresso deles no imóvel ocorreu sem amparo de ordem judicial. Tão logo seja concluído o inquérito, o processo será remetido para a apreciação do Ministério Público e da Justiça". Segundo a Sesp, a PM atendeu a ocorrência, com denúncia de invasão de propriedade particular, "agindo de forma usual e preventiva". Sobre a alegação dos denunciados, de que haveria no local material apócrifo de cunho eleitoral, a SESP declara que não foi encontrado nenhum tipo de material com essa característica, razão pela qual não restou comprovada a prática de crime eleitoral.

Fonte: Especial para Terra
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