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Débitos trabalhistas e de IPTU dominam debate em BH

30 set 2016 - 08h38
(atualizado às 08h38)
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Debate dos candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte na TV Globo Minas em Belo Horizonte (MG), nessa quinta feira (29)
Debate dos candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte na TV Globo Minas em Belo Horizonte (MG), nessa quinta feira (29)
Foto: Cristiane Mattos/Futura Press

O último debate entre os candidatos a prefeito de Belo Horizonte trouxe aos eleitores dois assuntos prioritários. Dividido em quatro blocos com dois destinados a perguntas de temas livres, um com temas pré-definidos e o final de considerações, as regras do debate da TV Globo tornaram a discussão mais “quente”.

Com a proximidade do dia da votação e com Alexandre Kalil (PHS) na segunda colocação em todas as pesquisas de intenção de voto, novamente foi ele o centro do debate em vários momentos.

O primeiro golpe em Kalil veio de Luís Tibé (PTdoB), ainda no primeiro bloco. O deputado federal afirmou que o empresário e ex-presidente do Clube Atlético Mineiro não tinha condições “éticas nem administrativas” para governar Belo Horizonte.

Lembrou os débitos trabalhistas e com impostos do empresário e processos a que responde na Justiça do Trabalho. Evasivo, Kalil, insistia em agradecer por ser o segundo colocado nas pesquisas, mesmo dispondo de apenas 20 segundos de programa.

Sargento Rodrigues (PDT) também alternou momentos de embate com Kalil, como quando alfinetou o concorrente ao comentar: “ainda bem que no último debate você falou em dialogar. É uma prova de caiu por terra seu discurso”.

Deve IPTU, mas vive como um marajá

Rodrigo Pacheco (PMDB) também fez críticas consistentes ao discurso do candidato pelo PHS. Mais sutil que Tibé, o peemedebista fez uma pergunta que trazia mais uma vez Kalil para o “ringue”. “Dá para confiar em quem não tem uma experiência de boa gestão”? Tibé respondeu que Alexandre Kalil já é conhecido como “Faliu” e destacou que dever não é errado, mas dever e ostentar sim, para completar com a referência a uma coleção de motos Harley Davidson de Kalil.

Saúde e mais IPTU

Até uma simples pergunta sobre saúde, feita por Kalil ao petista Reginaldo Lopes, teve um breve comentário sobre os débitos de IPTU. “Vou aplicar parte dos recursos do IPTU na saúde” para, em seguida, arrematar: “Tenho uma vida pública e não enriqueci na política. Não sou dono de jogador e você não conseguiu administrar nem uma pequena empresa.”

Atual vice-prefeito, Délio Malheiros (PSD) aproveitou os momentos que teve para tentar convencer o eleitor do que vem sendo feito de bom na cidade, mas também atacou Kalil. De novo o IPTU em voga. “O que o senhor acha do serviço voluntário como pagamento da dívida do IPTU”, perguntou a João Leite (PSDB). O tucano respondeu que tem a experiência de programas semelhantes que fizeram os clubes de futebol pagarem as dívidas oferecendo escolinhas de futebol à população.

Morte de operário

Sargento Rodrigues lembrou ainda a morte de um operário dentro de uma das empresas de Alexandre Kalil. A causa da morte teria sido a falta de manutenção dos equipamentos do estabelecimento.

O candidato pelo PSDB era quem mais tentava federalizar a disputa por BH. Fora do foco em diversas situações, falou em controle de fronteiras entre o Brasil e os outros países sul-americanos, lembrou obras de Aécio Neves e Antônio Anastasia enquanto governadores, numa referência direta a ex-presidente Dilma Rousseff e o Governador Fernando Pimentel. Pediu direito de resposta quando o episódio do helicóptero carregado com cocaína foi lembrado por Reginaldo Lopes (PT), mas não o obteve.

Marcelo Alvares (PR) foi a “boia” para o combalido Kalil. Foi o único candidato que não se envolveu nos embates diretos com ele e se perdeu quando tentou fazer pergunta ao Reginaldo Lopes e explicou o quanto pode sobre seu programa BH Vidas. Não teve nenhum momento de protagonismo e repetiu algumas vezes que BH tem muita coisa, mas que precisava melhorar.

A defesa de Kalil

Visivelmente irritado, Alexandre Kalil, atacou quando pode, mas não conseguia convencer. Afirmou que seus oponentes estavam fazendo teatro, disse que Tibé era “boca de aluguel” e que o deputado estava sendo devidamente remunerado pelas críticas direcionadas a ele. Completou sua participação no debate com o infeliz comentário de que, passadas as eleições, seus oponentes teriam de “comprar máquina para poder matar gente” em alusão ao comentário de Sargento Rodrigues.

Fonte: Especial para Terra
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