PUBLICIDADE

Política

Haddad: Bilhete Mensal e fim de taxa de inspeção podem ficar para 2014

29 out 2012 - 19h22
(atualizado às 19h51)
Compartilhar
Renan Truffi
Vagner Magalhães
Direto de São Paulo

O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, falou na tarde desta segunda-feira sobre quando deverá implementar duas de suas principais promessas de campanha: o Bilhete Único Mensal e o fim da taxa de inspeção veicular. Em entrevista coletiva um dia depois de vencer nas urnas, o petista foi questionado sobre qual a previsão para que as propostas se tornem realidade na capital paulista.

O prefeito eleito, Fernando Haddad, concede entrevista em São Paulo após voltar de Brasília
O prefeito eleito, Fernando Haddad, concede entrevista em São Paulo após voltar de Brasília
Foto: Léo Pinheiro / Terra

Veja o cenário eleitoral no País

Veja quais prefeitos enfrentarão maioria oposicionista na Câmara

Veja os salários dos prefeitos e vereadores das capitais

"Depende de lei. Meu compromisso é remeter para Câmara de Vereadores e obviamente orientar a bancada para votar o quanto antes. Mas quero crer que não haverá resistência à proposta porque ela foi discutida na campanha, então de certo forma há uma aprovação. Penso que haverá compreensão e creio que no segundo ano de governo isso já esteja equacionado", afirmou.

Haddad ainda respondeu sobre a "reforma urbana" que pretende fazer. A proposta faz parte do projeto petista chamado Arco do Futuro, que engloba uma série de ideias para melhorar transporte na cidade e levar empresas para áreas distantes do centro. Para dar início ao projeto, o prefeito eleito disse que precisa da aprovação de "uma série de leis".

"Eu apresentei para a imprensa e para todos os sindicatos ligados à construção civil e o plano (de reforma urbana) foi muito bem recebido. O chamado Arco do Futuro tem diretrizes claras de como expandir com sustentabilidade. Hoje estamos à deriva. Se continuar nesse ritmo, a cidade vai continuar congestionada. Aquele eixo Sé, Brás, Vila Carioca. Então é uma via de duas mãos. O emprego se aproximar dos bairros dormitórios e a pessoas morarem perto das empresas. É uma engenharia difícil, mas está muito bem delineada, não adiantar aprovar uma lei só. O que chama de reforma urbana é modificação de pelo menos cinco leis, como o plano diretor, a lei de zoneamento, o código de obras, esse pacote que chamamos de reforma urbana", afirmou o petista.

Haddad voltou a dizer que pretende criar, conforme seu programa de governo, a secretaria das mulheres e a subprefeitura de Sapopemba, na zona leste, mas não quis adiantar nomes de sua futura equipe de governo. "Deve haver alguma alteração (no tamanho das secretarias). Sobre a possibilidade de outras mudanças, isso não está decidido, mas pode ocorrer. Aquilo que foi prometido na campanha será feito", afirmou o prefeito eleito.

Como vai assumir em janeiro, época geralmente marcada por enchentes em São Paulo devido às chuvas, Haddad disse também que o problema terá de ser discutido já pela equipe de transição. Para diminuir o impacto de alagamentos logo no primeiro mês de sua gestão, o prefeito eleito disse que vai pedir para "deixar os serviços emergenciais ativos para os dias de chuva".

"Esse é um dos temas que provavelmente a equipe de transição vai ter de atuar com a atual administração. Deixar os serviços emergenciais ativos pros dias de chuva. Limpeza das ruas, bocas de lobo, assoreamento e limpeza dos córregos está sendo feita. Ir junto à população em relação ao lixo para que não jogue material que pode ser reciclado nos córregos da cidade. É uma ação que tem de ser tomada agora. Agora, ação de médio e longo prazo, meu plano de governo contempla tanto macro quanto micro drenagem", afirmou Haddad.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade