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OAB diz que prisão de alunos da Gama Filho é resultado de "fraude e crime"

Estudantes estavam acampados desde o dia 15 de janeiro em protesto contra o descredenciamento da Universidade Gama Filho

21 jan 2014 - 17h33
(atualizado às 17h35)
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Estudantes foram alvo de spray de pimenta durante a operação que os retirou do local na segunda-feira
Estudantes foram alvo de spray de pimenta durante a operação que os retirou do local na segunda-feira
Foto: Agência Brasil

O presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous, criticou nesta terça-feira a prisão de estudantes da Universidade Gama Filho, que estavam acampados em frente ao Palácio do Planalto em protesto contra o descredenciamento da instituição pelo Ministério da Educação (MEC). "O que aconteceu com os estudantes da Gama Filho e da Univercidade é resultado de fraude e crime", afirmou em nota.

"Agora, além de perderem os seus cursos e enfrentarem todas as dificuldades imagináveis para efetivar as suas transferências, são espancados pela polícia de Brasília, com direito a spray de pimenta. Tudo porque ocupavam pacificamente o sacrossanto gramado do Congresso Nacional", afirmou Damous.

Acampados desde 15 de janeiro em frente ao Palácio do Planalto, os estudantes da Universidade Gama Filho foram retirados à força do local na segunda-feira. As barracas, os colchões e os pertences dos estudantes foram todos apreendidos. Os 13 estudantes que estavam no local resistiram e foram arrastados para um ônibus da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Eles foram encaminhados à Delegacia do Senado Federal e liberados. 

A ordem da retirada veio do Senado Federal. A Polícia da Casa atuou em conjunto com a Polícia Militar. No local, estavam seis carros da PM e três da Polícia do Senado. Durante a operação, mais dois carros da Polícia Militar chegaram ao local. Os estudantes resistiram, se recusaram a deixar o gramado e foram carregados. Alguns choravam. A polícia usou spray de pimenta e atingiu uma das estudantes.

Os estudantes vieram do Rio de Janeiro para protestar contra o descredenciamento da Universidade Gama Filho e pedir a federalização da instituição. Eles ocuparam o gramado atrás do Senado Federal e em frente ao Palácio do Planalto para pedir uma audiência com a presidente Dilma Rousseff. 

No dia 9, os estudantes protocolaram no Planalto o pedido de audiência, mas ainda não receberam resposta. "Se não fizermos pressão, não vão nos atender", diz a diretora de relações externas do Diretório Central dos Estudantes da instituição, Ana Flávia Hissa.

Fonte: Terra
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