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SP: exame do conselho de medicina reprova 46% dos alunos

Exame do Cremesp reprova 46% dos alunos de medicina

9 nov 2011 - 14h27
(atualizado às 14h51)
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O Exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), que avalia o desempenho dos estudantes do sexto ano de medicina das escolas paulistas, reprovou quase 50% dos participantes. O alto índice de reprovação (46% em 2011) já se repetiu em anos anteriores é considerado preocupante pelo presidente do conselho, Renato Azevedo. "Estão abrindo escolas médicas sem qualidade e, em consequência, formando médicos despreparados", alertou Azevedo. Ele lembrou que cerca de 70 escolas médicas foram abertas no País nos últimos oito anos, e, a maioria delas, sem hospital escola.

O coordenador da avaliação do Cremesp, Reinaldo Ayer de Oliveira, chamou atenção para o baixo desempenho dos estudantes avaliados no acumulado das edições. Nos últimos sete anos, 4.821 formandos participaram do exame, dos quais 2.250 (46,6%) foram reprovados. "Há uma tendência de reprovação, que fica em torno dos 50% e persiste desde a primeira prova aplicada pelo Cremesp, em 2005, até 2011", analisou.

Em função dos resultados, Renato Azevedo defendeu a obrigatoriedade de um exame de avaliação dos formandos em medicina nos moldes do que vem sendo realizado pelo Cremesp.

Exame do Cremesp

A participação na avaliação não é obrigatória e nem requisito para a habilitação ao exercício da medicina. A prova visa contribuir para a melhoria da qualidade do ensino no País e o estudante aprovado recebe um certificado que pode ser útil no currículo profissional.

As provas da 7ª edição foram aplicadas no dia 2 de outubro, em 14 municípios paulistas - São Paulo, Botucatu, Bragança Paulista, Campinas, Catanduva, Jundiaí, Marília, Mogi das Cruzes, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté. Os testes reuniram 120 questões de nove áreas básicas: Bioética, Ciências Básicas, Cirurgia Geral, Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia, Ortopedia, Pediatria, Saúde Mental e Saúde Pública.

Fonte: Terra
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