As cinco vítimas canônicas

Autor do livro mais vendido até hoje sobre o assunto (The Complete Jack The Ripper, sem tradução para o português), Donald Rumbelow é um dos que defende essa lista de vítimas. Rumbelow já foi curador do Museu da City of London Police e presidente da associação britânica de escritores criminalísticos. Hoje dá palestras sobre o tema e guia grupos de turistas e curiosos toda semana em um tour sobre o serial killer pelas ruas de Londres. Para o filme Do Inferno (From Hell, de 2001), Rumbelow ficou encarregado de apresentar as minúcias do caso ao ator Johnny Depp.

Outro pesquisador que resolveu estudar o caso é Trevor Marriott, ex-detetive da Divisão de Homicídios da Metropolitan Police que se debruça sobre o mistério desde 2002. Ele já lançou um livro sobre o assunto em 2005 (Jack, o Estripador: A investigação do século 21) e vai publicar outro no início de setembro, com mais arquivos da polícia sobre o mistério.

Em suas investigações, Marriott concluiu que ao menos três dessas cinco vítimas foram mortas pelo mesmo assassino: Mary Ann Nichols, Annie Chapman e Catherine Eddowes. Ele aponta um marinheiro mercante alemão de nome Carl Feigenbaum como seu principal suspeito. O ex-detetive acredita ainda que a ideia de que o serial killer removesse os órgãos das vítimas seja apenas um mito.

Mas 125 anos depois dos assassinatos, Marriott ainda espera respostas. "Permaneço um eterno otimista de que talvez um dia, em um futuro não tão distante, o pedaço final desse quebra-cabeça possa aparecer ou alguém que traga documentos de 1888 com respostas para as perguntas que ainda cercam este mistério", afirmou em entrevista exclusiva ao Terra.

Foto: Getty Images