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Tratamento de esgoto doméstico com plantas é alternativa para evitar poluição dos rios

Projetos de saneamento com plantas devolvem a água mais limpa ao meio ambiente

4 abr 2017 - 10h57
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As informações são da palestra "Introdução ao Saneamento Ecológico", ministrada por Rodolfo Almeida, ambientalista e presidente da Sociedade Ecológica Amigos de Embu - SEAE, em Embu das Artes, cujo objetivo foi apresentar maneiras simples para tratar o esgoto unifamiliar, com a utilização de recursos naturais e economicamente viáveis.

Foto: DINO

Por lei, quando não existe coleta do efluente (esgoto) por empresas como a SABESP, o tratamento convencional deveria ser feito com fossa séptica, mas ela não remove todos os poluentes, que acabam lançados na natureza.

Segundo o palestrante, "nitrato, fostafato, hormônios e antibióticos não são neutralizados e voltam para rios e represas e, consequentemente, para as nossas torneiras. Além disso, desperdiça recursos que poderiam ser aproveitadas dos efluentes, como biogás (para energia) e lodo (para o adubação)".

Em contrapartida, tratamentos com plantas são capazes de filtrar mais de 90% dos poluentes e remover até mesmo contaminação química. Existem alternativas para todos os gostos, com preços compatíveis e até mais baratos que os sistemas tradicionais. Entre eles está o tanque de evapotranspiração, círculo de bananeiras, jardim filtrante, fossa biodigestora, vermifiltro, biossistema e zonas de raízes (wetlands).

Alguns métodos podem ser praticados inclusive em urbanas, pois exigem pouco espaço. Eles podem atender desde residências individuais, pequenas comunidades ou até cidades inteiras. Podem também ser usados para completar o tratamento da água e colaborar com a saúde do meio ambiente.

TRATAMENTO POR PLANTAS

Na zonas de raízes (wetlands), as plantas de espécies peculiares, como papiros, tairoba, aguapés, entre outras, atuam na absorção das substâncias poluentes que passam por suas raízes.

De um modo geral, o sistema conta com a fossa séptica tradicional e dois tanques de passagem (filtragem) que ficam sob a terra, cobertos com uma camada de pedra britada. Sobre a pedra, as plantas são cultivadas. Quando o esgoto passa subterrâneo pelos tanques, as raízes consomem a matéria orgânica e os poluentes, as bactérias eliminam coliformes fecais e outros organismos que causam doenças. Ao final do processo, a água tratada pode ser utilizada em lavagem de calçadas, irrigação de pomares e jardins, em lagos paisagísticos ou simplesmente devolvida ao ambiente.

Nesta opção, é importante atentar ao cálculo do tamanho do sistema de tratamento para evitar a ineficiência ou entupimentos, pois ocorre variação de acordo com a quantidade de pessoas que a residência costuma receber.

O projeto não traz qualquer risco de doenças a pessoas ou animais, tampouco cheiro desagradável, pois o esgoto corre abaixo do solo.

SOBRE A SEAE

Preocupada em sua missão de educação ambiental, a Ong realizou a palestra para comemorar o dia da água e planeja divulgar uma cartilha com instruções práticas, para que moradores possam instalar tratamentos de esgoto com meios naturais e eficientes.

Criada por moradores na metade da década de 70, a SEAE atua na preservação ambiental de Embu e região, para estimular e ampliar os processos de transformação socioambiental, cultural e econômica, por meio de processos educacionais participativos e inclusivos, fomentando a atuação em políticas públicas, visando a conservação, recuperação e defesa do meio ambiente.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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