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Simpósio vai discutir temas importantes da reprodução humana, no próximo dia 6 de maio, em Brasília

Temas como aborto espontâneo recorrente, endometriose e infertilidade e congelamento de óvulos vão ser abordados durante o evento

19 abr 2017 - 15h45
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Congelamento de óvulos por razões sociais, endometriose e infertilidade, aborto espontâneo recorrente, avaliação da reserva ovariana, Síndrome do Ovário Polícistico e infertilidade, o que é importante na avaliação do casal infértil, o uso de anticoncepcionais e o risco de trombose e o uso de androgênios (hormônios sexuais masculinos) no período fértil da mulher e na menopausa. Esses são alguns dos temas que vão ser discutidos no 9º Simpósio de Reprodução Humana de Brasília, no próximo dia 6 de maio, das 8 às 13h, no auditório da AMB (Associação Médica de Brasília).

O evento, promovido pela Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Distrito Federal (SGOB) e pela Sociedade Brasileira de Reprodução Humana - DF (SBRH-DF), deve reunir cerca de duzentos especialistas da área, além de estudantes de medicina e médicos residentes. Informações e inscrições: (61) 3245-3681 / (61) 99622-2865.

Congelamento de óvulos

Atualmente, muitas mulheres têm seu primeiro filho após os trinta anos. A mulher moderna adia a maternidade por vários motivos, seja para investir na formação e na carreira profissional, ou porque ainda não encontrou o parceiro ideal ou ainda porque pretende buscar estabilidade financeira antes de ter um filho. O grande problema é que quando muitas mulheres resolvem ter filhos a fertilidade delas já entrou em declínio. "O pico de fertilidade da mulher é entre os 20 e 25 anos de idade. Após os 30 anos e, principalmente, depois dos 35, a fertilidade feminina entra em declínio progressivo", explica o ginecologista Jean Pierre Barguil Brasileiro, especialista em Reprodução Humana, presidente da SGOB e um dos coordenadores do Simpósio. "A idade da mulher é um dos fatores naturais que afetam a sua capacidade reprodutora", confirma o ginecologista Vinicius Medina Lopes, também especialista em Reprodução Humana, diretor da SBRH-DF e coordenador do Simpósio.

O congelamento de óvulos, através da técnica segura e eficaz de vitrificação, possibilita que as mulheres adiem a gestação e ainda que engravidem utilizando os próprios gametas até mesmo depois da menopausa. Além da indicação social para congelar os óvulos, existem as indicações médicas. "Mulheres que são submetidas à quimio ou radioterapia para tratamento de determinados tipos de câncer podem ter perda da capacidade reprodutiva por diminuição importante da quantidade de óvulos", esclarece Vinicius Medina Lopes.

Avaliação do casal infértil

Cerca de 15 % da população brasileira em idade fértil é afetada pela infertilidade conjugal, caracterizada pela ausência de gravidez em um casal com vida sexual ativa e que não usa medidas anticonceptivas por um período de um ou mais anos. Sabe-se, atualmente, que cerca de 40% dos casos de infertilidade de um casal são atribuídos à mulher, 40 % aos homens e em 20% dos casos o problema é resultado de uma combinação de fatores em ambos os parceiros. "Quando a gravidez não acontece, o homem também deve ter acompanhamento médico e participar junto com a sua parceira da investigação para diagnóstico e tratamento da infertilidade", afirma o médico Vinicius Medina Lopes.

É importante saber que uma mulher com menos de 30 anos pode esperar até dois anos para que aconteça a gravidez. Caso a mulher tenha mais de 30 anos não deve aguardar mais que um ano para iniciar uma investigação com o especialista. Se atingiu 35 anos, o prazo de espera não deve ultrapassar seis meses. Após os 40 anos se a mulher deseja engravidar deve, de imediato, iniciar a investigação da sua capacidade fértil.

Endometriose e infertlidade

Cerca de 6 milhões de mulheres brasileiras em idade fértil são acometidas pela endometriose. Uma grande parte dessas mulheres só descobre a doença quando não consegue engravidar. A endometriose pode causar infertilidade, principalmente, em seu estágio mais avançado, quando a doença atinge as trompas, órgão que conduz o óvulo ao útero. A doença também é associada a alterações hormonais e imunológicas, que podem dificultar a gravidez. A depender do quadro, o tratamento pode ser com o uso de medicamentos hormonais ou através de procedimento cirúrgico, como videolaparoscopia (técnica de cirurgia minimamente invasiva). A infertilidade decorrente da endometriose pode ser tratada também com a inseminação artificial, técnica de reprodução assistida que consiste na estimulação ovariana e posterior colocação do sêmen dentro da cavidade uterina através de um cateter flexível. Em casos mais avançados, quando a endometriose já atingiu vários órgãos, geralmente, a paciente precisa de uma técnica mais complexa para engravidar, como a Fertilização in Vitro (FIV).

Aborto espontâneo recorrente

Ter uma gravidez tranquila, saudável e sem contratempos é o desejo dos casais que esperam um bebê, mas alguns deles são obrigados a enfrentar um problema muito mais comum do que se imagina: o abortamento espontâneo recorrente. De acordo com a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, entre 15% e 25% das mulheres em idade fértil vão ter pelo menos uma perda gestacional e 5% delas terão duas. Cinquenta por cento das perdas não têm causas definidas. O aborto espontâneo é caracterizado por uma gravidez interrompida por causas naturais antes de completar vinte semanas de gestação. O especialista Vinicius Medina Lopes explica que o abortamento espontâneo recorrente, também conhecido como abortamento habitual ou de repetição, acontece quando há duas ou mais perdas gestacionais espontâneas e consecutivas antes da vigésima semana de gravidez. Além de grande sofrimento, o aborto recorrente causa constrangimento e impacto emocional para as mães, seus parceiros e familiares e, muitas vezes, efeitos devastadores na vida do casal.

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