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Por que as clínicas de saúde popular viraram bons negócios no Brasil?

12 jul 2016 - 12h50
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A visão de quem já foi o "cara de jaleco" nos consultórios e unidades de saúde com certeza foi um dos principais fatores para o surgimento da CLIP. Com o slogan "Clínica para todos", a empresa é exatamente o que a frase propõe: uma clínica médica que oferece consultas e exames com preços acessíveis e serviços de qualidade. A ideia surgiu após Thiago Madureira, médico formado na PUC-PR, trabalhar nos mais diversos municípios da Região Metropolitana de Curitiba. De lá para cá foram anos de aprendizado, parcerias e investimento que culminaram em uma empreitada de alto crescimento. Em apenas sete meses, as sedes da Clip já são três - sendo duas em Curitiba e uma em Maringá - e a previsão é de que no próximo ano elas somem mais de 10.

Foto: DINO

Na prática, as clínicas populares não são um novo modelo de negócio. Desde 1996 diversas clínicas médicas e odontológicas se instalaram nas periferias das grandes cidades. Porém, segundo Thiago, o grande diferencial vem quando essas clínicas, priorizando o baixo custo, deixaram de lado a eficiência. "Sabemos que o cidadão vai atrás de uma clínica popular porque, na grande maioria dos casos, está insatisfeito com os serviços oferecidos, o SUS pela sua baixa eficiência e demora, e planos de saúde que não entregam o que oferecem. Sendo assim, não podemos ser mais do mesmo", conta o médico fundador da CLIP.

A fórmula deu mais do que certo. Depois de 8 anos atuando como médico e 18 cidades da Região Metropolitana de Curitiba percorridas, Thiago iniciou o que acabou sendo uma espécie de "primeira fase do projeto": a Hygea Gestão e Saúde, uma empresa voltada para a terceirização e, consequentemente agilidade, do atendimento das demandas de saúde de Unidades Básicas, Upas e Hospitais de Pequeno Porte.

Da profissionalização da Hygea, veio a decisão de Thiago largar a carreira de médico para seguir como empreendedor e neste percalço juntaram-se a ele o amigo de infância e administrador Gustavo Melo e ainda Thiago Struminski, xará e o grande mentor do modelo de negócios para a CLIP.

Este plano de negócios baseou-se no seguinte: três projetos de clínica: completa, semicompleta e express. Cada uma delas com um investimento que varia de R$ 600 mil a R$ 2 milhões. A primeira CLIP, teve investimento inicial de R$ 1,45 milhões para implantação e fica bem no centro de Curitiba, na Praça Rui Barbosa. A inauguração foi em janeiro de 2016 e em poucos meses os atendimentos mais do que dobraram.

A segunda sede foi inaugurada em um bairro de Curitiba, o Fazendinha. A terceira no interior, em Maringá. Para cada sede são aceitos investidores minoritários com percentuais variados. "A CLIP sempre busca regionalizar seu grupo de sócios. Sendo assim, em cada nova unidade, buscamos médicos e parceiros locais que tenham relações e comprometimento com a comunidade", explica Thiago Fontoura.

O segredo do sucesso: todos saem ganhando

Em tempos de crise, outra parte fundamental para que o modelo de negócio da Clip se sustentasse era que ele também fosse bom para a rede médica. "O modelo não daria certo caso não houvesse uma adesão em massa dos médicos. Sendo assim, colocamos uma remuneração por produção em que eles acabam recebendo um valor líquido muito maior do que se tivessem atendendo por planos e muitas vezes até em seu consultório, porque aqui ele já tem toda a estrutura inerente ao negócio", explica Gustavo Melo.

Essa base de mais de 1200 médicos da CLIP vem da Hygea, primeira empresa do Thiago e que hoje é um braço da clínica.

Em números: o valor médio de uma consulta em planos de saúde gira em torno de R$ 60. Deste valor ainda são descontados impostos e tributos e o médico ainda tem todos os custos fixos como aluguel, luz, secretária, auxiliares, materiais, etc.

"Se o médico atender quatro pacientes em uma hora, segundo o que é estimado pelo Conselho Regional de Medicina, ele receberá pelo menos o dobro do que receberia de forma bruta em planos de saúde e ainda não tem preocupação com nenhum outro gasto. E ainda pode programar-se e abrir sua agenda de acordo com os horários que mais lhe convém.", conta Thiago Madureira.

Expansão prevê cinco Estados

Com o modelo de negócio bom para todos os agentes: consumidor, médicos e investidores, a CLIP está estudando diversas propostas para abrir unidades em estados como Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Distrito Federal e Roraima. Estas unidades devem ser concretizadas ao longo de 2017. O projeto atraiu atenção de investidores/fundos nacionais e estrangeiros, sendo que as negociações com estes últimos já encontram em estágios avançados.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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