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Operação Lava Jato e crise do mercado imobiliário motivam executivos da construção civil a buscar expatriação e desenvolvimento de outras competências

26 ago 2016 - 15h08
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O desemprego que em 2016 foi de 11,7% ante a média de 2015 apresenta para 2017 aumento de 13,0% ante a média de 2016, gerando mais riscos aos bancos que fazem financiamentos.

Foto: DINO

O baixo rendimento da poupança que registrou o ano passado uma captação líquida negativa, resultando na retração do saldo da poupança gera saques cada vez maiores. O ano passado houve retração das unidades financiadas em -40% via SBPE e aumentou-se em 32% dos recursos vindos do FGTS. A diminuição do crédito ao setor imobiliário piorou ainda mais o mercado de construção civil. O declínio nos valores dos imóveis, o aumento da participação do FGTS, deve reduzir a busca por financiamentos.

O setor de insumos da construção civil apresentou uma queda de -12,7% em 2015, -10,1% em 2016 e projeta-se um aumento de 1,2% em 2017, que deve melhorar devido aos ganhos das indústrias, mas de forma lenta, porque os investidores aguardam ajustes fiscais, e definições da operação Lava Jato.

Devido à alta do desemprego no setor, impulsionado pela economia e questões políticas há uma queda nos salários da mão de obra e existente devido à grande oferta de candidatos.

Portanto o saldo de vagas e empregos formais teve quedas segundo dados do CAGED que foram um saldo líquido de -28.740 no mês e -88.700 no acumulado anual, que poderia retomar as contratações em construção civil no início dos primeiros meses do próximo ano mas existem muitos imóveis em estoque.

Para o próximo ano o mercado vai começar a melhorar mas o reflexo vai ser baixo se comparado aos últimos seis anos, neste ano tivemos uma queda de -13,1% se comparado a 2015 e portanto vai ser impactado pela retomada lenta da economia que prevê um aumento de 22,6% em relação a este ano.

Os bancos estarão preocupados com a inadimplência por muitos meses, por que o mercado de trabalho estará muito fraco mas retomando, o acumulado de lançamentos do ano estão em -50,8% (Fontes CEBIC).

As projeções do PIB Construção civil projetados em 2016, 2017 e 2018 são respectivamente -6,4%,-0,2% e +0,5%. (Fonte: Lafis). O cenário macroeconômico desfavorável aliado ao desempenho da construção civil são os fatores que mais influenciam as indústrias de seus insumos como cimento, cerâmica, máquinas, equipamentos, materiais de acabamento, materiais elétricos e energia.

Segundo Márcio Pereira CEO Latam da United HR Management Partners, empresa que assessora executivos em movimentação no mercado de trabalho: "os executivos, diretores e CEO de empresas de construção civil que acabaram sendo desligados das maiores empreiteiras do mundo que foram inteligentes movimentaram se antes das demissões causadas pela crise e foram para outros setores da economia como bancos de investimentos estrangeiros, empresas de private equity, infraestrutura entre outros".

O CEO Marcio Pereira da United HR recomenda que descobrir outras competências pode ser a alternativa para eles, mudar é uma questão de necessidade e sobrevivência na carreira. "Muitos diretores do setor de construção ainda estão desempregados devido à escassez de oportunidades no setor e resistência em mudar de área".

A United HR Management Partners realizou uma pesquisa com o interesse das regiões que estes executivos querem seguir carreira e 80% dos executivos, diretores e C-level optam por serem expatriados e buscar construtoras internacionais. Segundo a pesquisa da United HR 90% das pessoas que são expatriadas não pretendem retornar ao Brasil.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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