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O que se deve observar antes de investir

25 ago 2016 - 15h38
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Hovani Argeri (*)

A recessão impõe dificuldades adicionais ao empreendedor, mas também traz oportunidades. Realizar investimentos neste momento, porém, demanda análises elaboradas. A grande questão a ser observada é como prever os benefícios e custos financeiros que uma decisão pode gerar.

Há várias metodologias administrativas voltadas a esse tipo de análise. Variam em sua complexidade e podem, de acordo com o bem ou produto a ser adquirido, dar um panorama geral e nortear uma decisão de investimento adequada. Mas não contemplam o total de variáveis envolvidas, como os custos que surgirão no futuro, carga tributária, gastos com treinamentos, consumíveis, entre outros. Em geral, a decisão sobre uma aquisição leva em conta apenas o valor principal do bem ou serviço contratado. Esse tipo de análise simplista pode transformar um investimento no túmulo de um negócio, particularmente quando se tratam de bens de produção.

Há um conceito praticamente inédito na administração brasileira. Trata-se do levantamento de custo total de propriedade (TCO), que envolve a análise de uma série de variáveis que permitirão a previsibilidade dos retornos e gastos de um investimento ao longo do tempo, com vistas a garantir a perenidade do negócio.

Ao adquirir um bem ou uma empresa, é preciso contemplar, inicialmente, o preço e a forma e prazo de pagamento. A partir daí, contabiliza-se todos os demais custos de aquisição, como os juros. Em seguida, são computadas as despesas presumíveis como a implantação: instalações, adaptações, customizações e ajustes, além dos investimentos na operação, como treinamentos operacionais e administrativos, custos de manutenção, previsão de tempo de operação e gastos com insumos.

Tal levantamento permite a análise do investimento total que um bem ou serviço pode demandar ao longo do tempo, os prejuízos que podem gerar, os custos de produção que, se repassados aos clientes, comprometerão a competitividade. Apesar dos benefícios, o uso desta metodologia ainda é raro. Um levantamento realizado junto a indústrias de autopeças verificou que apenas 3% utilizam a ferramenta TCO para optar pela compra de um ativo. Se esse é um dos segmentos mais competitivos, pode-se inferir que nos demais sua aderência não é maior.

Fica evidente a fragilidade das decisões tomadas por grande parcela das corporações. Não raro, bens produção podem gerar gastos posteriores que ultrapassam em algumas centenas de vezes o valor despendido com a sua aquisição. Sem esta análise, pode-se jogar fora um projeto de 5 ou 20 anos, tornando-o inconsistente e, muitas vezes, comprometendo a competitividade da empresa, condenando-a ao insucesso.

(*) Hovani Argeri é diretor de vendas da Divena Caminhões.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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