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Nasce no Pará 1ª cooperativa de energia renovável do país

10 nov 2016 - 14h23
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Uma rápida consulta ao dicionário nos revela o caráter ou a qualidade do pioneiro, do precursor - aquele que se antecipa na adoção ou defesa de novas ideias ou doutrinas. Esta capacidade de inovar e criar soluções para seus membros, econômicas ou sociais, é uma das marcas históricas do cooperativismo. Pois é justamente essa marca que está presente na Cooperativa Brasileira de Energia Renovável, a primeira do Brasil nesse setor.

A Coober, inaugurada em 5 de agosto passado, nasceu pouco antes, precisamente no dia 24 de fevereiro de 2016, com a realização da Assembleia de Constituição e o lançamento da pedra fundamental de suas instalações em Paragominas, no Pará, a cerca de 300 quilômetros da capital, Belém. Objetivo: aproveitar o Sol para produzir energia limpa e de forma consciente, por meio de placas fotovoltaicas, em um município que já ganhou fama e visibilidade como "município verde". Seus 23 membros, com idade média de 41 anos, chamados de sócios-fundadores, são empresários, empreendedores e profissionais liberais. A iniciativa ganhou simpatizantes em todos os setores, atraiu a atenção de estudantes da região e ganhou o apoio da Prefeitura de Paragominas e do governo do Pará, além de entidades como a Confederação Alemã das Cooperativas (DGRV). De acordo com informações de Raphael Sampaio Vale, presidente da Coober, em artigo publicado no site Paranoá Energia, a fundação ocorreu sintonizada com a entrada em vigor, em 1º de março, da Resolução 687/2015 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que aprimorou a Resolução Normativa 482, de 2012, possibilitando a geração compartilhada de energia renovável.

"Se fôssemos produtores individuais, iríamos investir muito mais e ter mais trabalho, além de ter de lidar com diversas questões burocráticas e tributárias. Na Coober, são 23 pessoas que produzirão e consumirão a própria energia gerada, transformando cada um em 'prosumidor' (termo empregado para designar as pessoas que produzem e consomem seus produtos)", afirma Raphael. "Todos nós temos sido consultados por pessoas de outras partes do país, que perguntam a razão pela qual nos lançamos nessa empreitada. A resposta é simples: queremos gerar a própria energia elétrica que consumimos", enfatiza o advogado Raphael. "Nosso maior desafio é o pioneirismo da união de dois universos no Brasil: o cooperativismo e a produção de energia renovável. Nossa inspiração têm sido as cooperativas de energia renovável de outros países, em especial da Alemanha, que conta com mais de 700 cooperativas de energia instaladas".

O presidente da Coober enumera as vantagens em gerar energia limpa por meio de cooperativa: menor valor investido individualmente, pois são 23 investidores; mobilidade na produção - pode-se mudar de endereço sem se preocupar com os equipamentos; desenvolvimento de uma cultura de colaboração; melhor escolha/avaliação das opções - mais pessoas pensando com o mesmo objetivo; melhor relação com a concessionária; e tratativas mais adequadas de benefícios e isenções fiscais. De acordo com informação assinada por Larissa Vilhena no site da Prefeitura de Paragominas, o investimento inicial da Coober é R$ 700 mil a R$ 1 milhão. Na primeira fase, a geração de energia, a partir da usina de fonte solar fotovoltaica, ficará entre 12.000 e 17.000kWh/ mês, que serão injetados na rede de distribuição da concessionária local (CELPA). A partir daí, a concessionária será informada para creditar determinado percentual da energia gerada na unidade consumidora (conta de luz) dos cooperados - crédito baseado de acordo com a média de consumo de cada cooperado. A usina está instalada no distrito industrial do município, em área de aproximadamente 17.000m².

Fonte: EasyCOOP - Cooperativismo em Revista

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