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DINO

Guilherme Rondon lança seu quinto álbum solo "Melhor que seja raro"

Álbum do cantor e compositor pantaneiro traz Zélia Duncan e Jaques Morenlembaun entre os destaques

27 dez 2016 - 02h37
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As pessoas estão o tempo todo nos dizendo quem são. E de acordo com o que somos percebemos alguns aspectos mais que outros. Olhamos , sentimos, percebemos, com nossa própria experiência e é com isso que a arte conta mesmo. Até o olhar vazio tem grande interesse, interesse de ser preenchido, arrebatado de surpresa, sem possíveis julgamentos prévios. É assim que vamos nos reconhecendo e tomando como nosso, o que era algo que nos faltava na verdade e que o inesperado nos oferta, pelo simples fato de estar nesse mundo.

Foto: DINO

Guilherme Rondon é do Pantanal, mora no Pantanal, respira aquela caprichosa natureza. Quando essa informação me chega, já ouço pássaros, vejo horizontes, águas, sons. As fotos que Guilherme posta na rede têm música implícita. Arcos de instrumentos, sorrisos de flores, cores que cantam. O álbum de Guilherme começa a tocar desse mesmo jeito, abrindo espaços com melodias que aconchegam, arranjos e músicos já acostumados com mergulhos profundos.

Na primeira faixa, Brincadeira Na Beira, compassos compostos, letra franca, fala de vontade e liberdade, canta bem integrado com Leo Minax, um bem escolhido abre-alas, pois de certa forma, essas palavras permeiam o álbum todo. De Que Reino Sou Rei , com o craque Iso Fischer, responde a própria pergunta, à medida que o dueto com o cello de Jaques Morelenbaum escorrega entre uma palavra e outra, apoiado pelo piano sensível de Zé Namen.

"Tive a alegria de assinar uma parceria com Guilherme e é de dentro dela, que ele resolveu batizar esse lindo álbum, Melhor Que Seja Rara...a canção, a vida que ela tem dentro de nós, que seja rara! Ainda nos anos 80, ouvindo o álbum de Nana Caymmi e Cesar Camargo, que se tornou um clássico, ali no meio daquele repertório incrível, uma canção tão diferente me chamou logo a atenção. Corri pro encarte, leio Guilherme Rondon e Iso Fischer, mas quem são esses caras? Alguém disse, são do Mato Grosso! E então, neste ano de 2016, muito tempo depois, viramos parceiros, graças à internet, que se bem usada, nos dá muitas, mas muitas felicidades. Melhor assim, melhor que seja rara, como esse meu parceiro, um típico cancionista, como diria mestre Luiz Tatit. Aquele que decide o que vai ficar impresso como canção, aquele que separa o joio do trigo e no que escolhe, deixa sua marca de beleza. " Zélia Duncan

E lá vai ele, vocais (Gilson Espíndola, Américo e Nando), refrões, pra quem se acaba num violão de aço como eu, é só fechar os olhos e ir. Deliciosos "lugares de se perder", como na Enxurrada boa, assinada com Alexandre Lemos, assim como Pão Pra Dividir, Entre o Rio e o Mar, esta com jeito de guarânia, parece que já estava ali, esperando que alguém a cantasse "quanto mais eu canto, mais me sinto assim". Tem até samba lento, com jeito de adeus que dói. Outro Espíndola no álbum, o Celito, família que não para de fornecer talento e inspiração! Lindas parcerias com Zé Edu Camargo e os consagrados Murilo Antunes e Luiz Carlos Sá. Alexandre Lemos, o parceiro mais constante deste trabalho, dispara o belo verso, "amor é credo, vez em quando é cruz", na faixa Mentira Não.

Eles falam de São Paulo, numa canção leve, fresca. Ah, Guilherme, falar de grandes cidades, acordando no meio da natureza é bem bom, né? Quase country, quase arrasta-pé, a última convida pra dançar, Rasta Feliz, com as vozes femininas e doces do grupo Barra da Saia.

"E minha audição termina assim, a casa forrada de canções , de MPB ampla, cantos que nos dizem respeito. Músicos de excelência, entre eles Webster Santos, que vai do bandolim à guitarra, com aquela facilidade que lhe é peculiar, Zélia Duncan".

Sobre Guilherme Rondon

Compositor, violonista, intérprete de suas canções, o pantaneiro Guilherme Rondon domina com maestria a fusão de ritmos ternários da fronteira como guarânias, polcas e chamamés. Mas sua música não pode ser classificada como "regional", porque é apresentada numa linguagem contemporânea, que tanto pode se servir da música mineira, quanto do pop dos Beatles, sem o menor preconceito. .

Paulista , foi criado em Corumbá, no Pantanal do Paiaguás. Voltou à São Paulo a nos anos 70 e estudou 3 anos no CLAM - a escola do Zimbo Trio - onde completou sua formação musical. Suas composições já foram gravadas por um leque variado de mais de 65 artistas nacionais e internacionais , como: Nana Caymmi, César Camargo Mariano, Michel Teló, Célia, Ivan Lins, Sérgio Reis, Lula Barbosa, Danilo Caymmi Olga Román (Espanha) ,Melania Montalto (Argentina), Lizza Bogado (Paraguay), Rosa Maria, Lucinha Lins, Jackie Heker ,Almir Sater, Alzira Espíndola,Papete, Diana Pequeno ....

Em 1991 lançou o elogiado disco "Rondon & Fígar" pela gravadora Eldorado -SP, recebendo o PRÊMIO SHARP 92 de melhor música regional com "Paiaguás". Em 1994, lançou o CD Piratininga, seu primeiro trabalho solo pelo selo Velas novamente recebendo o PRÊMIO SHARP 95 na categoria revelação. Em junho de 2013 tocou em Lisboa, Portugal, selecionado no projeto Ano Brasil em Portugal da FUNARTE.

Este álbum é o seu trabalho mais ousado musicalmente onde Guilherme mostra uma variedade de ritmos e estilos, reafirmando seu talento de compositor universal.

O repertório tem parcerias com os competentes Alexandre Lemos, Zélia Ducan, Zé Edu, Luiz Carlos Sá, Iso Fischer e Murilo Antunes .

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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