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Flavio Maluf fala sobre a queda dos custos industriais no segundo trimestre

28 set 2016 - 10h38
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Segundo informações divulgadas pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) no final da primeira quinzena de setembro, os custos industriais tiveram uma retração de 1,1% no segundo trimestre de 2016 quando os dados são confrontados com aqueles apresentados nos primeiros três meses do ano. Nesse sentido, o empresário Flavio Maluf, presidente da empresa Eucatex, reporta que essa foi a primeira queda dos custos industriais em quase dois anos, já que a última vez que esse indicador tinha apresentado diminuição em relação ao período anterior tinha sido no terceiro trimestre de 2014.

Os custos com bens intermediários importados e com capital de giro foram os principais responsáveis pela retração, já que ambos apresentaram quedas acentuadas. Quando o resultado dos custos com capital de giro entre os meses de abril e junho é comparado com o trimestre anterior, houve uma retração de 7,7%. Já na mesma comparação feita em relação aos bens intermediários, a diminuição foi de 11,2%, sendo que um fator que contribuiu significativamente para esse resultado foi a valorização da moeda brasileira ante o dólar ocorrida recentemente.

Nesse sentido, o executivo Flavio Maluf comenta que, de acordo com a CNI, quando o real se valoriza em relação à moeda americana, embora ocorra um reflexo favorável sobre os custos, também acontece uma perda de competitividade por parte da indústria nacional, tanto em relação aos negócios internos como externos. Destarte, como a retração nos valores dos produtos manufaturados importados foi de 12,1%, bem maior que a retração dos custos industriais (1,1%), as mercadorias vindas de outros países se tornaram mais competitivas no mercado brasileiro em relação aos produtos nacionais.

Flavio Maluf comenta que, segundo as análises na CNI, os produtos brasileiros também perderam competitividade no mercado global devido à queda acentuada nos valores em reais das mercadorias industrializadas americanas, já que os Estados Unidos recebem uma grande parcela das exportações brasileiras. A redução, em reais, nos preços dos produtos nos EUA foi de 8,9%, ou seja, uma porcentagem bem superior àquela apresentada na diminuição dos custos das mercadorias industrializadas no Brasil (1,1%).

No entanto, como noticia o empresário Flavio Maluf, os valores dos produtos oriundos da indústria no mercado nacional tiveram uma elevação de 1,1%, o que, associado à diminuição nos custos industriais, acaba gerando uma recomposição no que diz respeito aos lucros obtidos pelas empresas. Nesse sentido, a CNI destacou que, como o segundo semestre de 2016 foi o terceiro seguido em que a elevação dos valores dos produtos industriais é maior que o aumento dos custos, pode-se entender que está em curso um período em que as margens de lucro estão em descompressão.

Para concluir, o executivo Flavio Maluf reporta que, os custos industriais são compostos pelos índices de Custos de Capital de Giro, Custos de Produção e Custo Tributário. Quando comparado com os resultados apresentados nos três primeiros meses de 2016, o Índice de Custos de Produção do segundo semestre apresentou uma retração de 0,8%. Esse índice é formado pelos indicadores de custo de energia, com pessoal e com bens importados e bens intermediários brasileiro.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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