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Flavio Maluf comenta sobre investimentos e rendimentos no Brasil

Flavio Maluf explica por que é tão difícil obter bons rendimentos investindo no Brasil

27 jun 2016 - 16h37
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Uma das máximas do mercado financeiro é aquela de que quem arrisca mais, recebe mais. É assim no mundo todo: investidores dispostos a aplicar seu capital em investimentos de maior risco, receberão um retorno maior do que aqueles investidores com perfil mais conservador. Porém, não é bem assim que as coisas funcionam no Brasil, diz Flávio Maluf.

Desde a implantação do Plano Real, em meados da década de 90, que o Brasil não sabe o que é ter uma taxa de juros baixa. A Selic, taxa de referência para o mercado financeiro, tem se mantido como um adas mais elevadas do mundo há quase duas décadas. Isso deveria, na prática, garantir aos investidores um alto retorno em aplicações realizadas no país. Porém, a realidade é outra. O executivo Flávio Maluf usa o exemplo de um investidor hipotético que tivesse aplicado seu capital em títulos de renda fixa brasileiros logo após a crise financeira global de 2008. Esse investidor, segundo o empresário, teria um lucro anual médio de 10,8% até o presente momento. Algo bastante desanimador e abaixo do esperado.

Na Bolsa de Valores a realidade não é muito diferente. Flávio Maluf relata que se o mesmo investidor tivesse optado por investir em ações, em vez da renda fixa, teria tido um rendimento médio de 3,9% ao ano, de 2009 até agora. Enquanto nos Estados Unidos, investimentos em ações renderam em média 16,2% ao ano no mesmo período.

Essa disparidade entre a realidade brasileira e a do restante do mercado financeira global se dá, justamente, devido às nossas elevadas taxas de juros, que fazem com que quase 75% dos investimentos no país se concentrem em títulos de renda fixa, sobrando para a ações apenas 4,6% do dinheiro aplicado no país.

Ou seja, é difícil alcançar bons retornos financeiros usando a tática mais eficaz para obter sucesso no mundo dos investimentos: a diversificação. Se por um lado o rendimento proporcionado pelos títulos públicos não é tão ruim, por outro, as ações no Brasil oferecem uma magra rentabilidade para os investidores.

E essa anomalia de mercado se traduz num círculo vicioso difícil de ser quebrado. Os investidores continuarão optando pelos títulos públicos, e a fatia de mercado das ações permanece não tendo muita expectativa de aumentar - não porque os investidores são demasiadamente conservadores em território nacional, mas simplesmente porque é mais rentável permanecer aplicando o dinheiro em títulos públicos em longo prazo.

O empresário Flávio Maluf relata que ainda levará algum tempo até que a fatia ocupada pelas ações no mercado brasileiro aumente, mesmo com uma possível queda da taxa Selic, que desestimularia, em partes, investimentos em títulos públicos. Ou seja, num país que não foi feito para amadores, nem mesmo os fortes têm vez.

Flávio Maluf sugere que o investidor pense de maneira mais global, buscando opções de investimento fora do mercado brasileiro. Apesar do imposto, que é pago apenas no resgate da aplicação, as maiores possibilidades de ganhos em investimentos no exterior compensam.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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