Especialista explica quando vale a pena negar posição de liderança
Após a Seleção Olímpica de futebol brasileiro se consagrar campeã no último sábado (20), o jogador e capitão do time, Neymar Jr, declarou não querer mais a braçadeira e nem a responsabilidade de liderar o time canarinho. Depois do posicionamento, críticas e opiniões de apoio dividiram o país. Mas, afinal, a decisão do craque foi correta?
Segundo o especialista em comportamento humano e presidente da Sociedade Latino Americana de Coaching (SLAC), Sulivan França, negar um cargo de liderança depende muito do momento que o profissional vive. "Você tem que colocar tudo em uma balança e avaliar o que está vivendo. É preciso saber que uma nova posição vai demandar mais trabalho e, consequentemente, será preciso mostrar mais resultados", explica.
A tensão também deve ser levada em conta na hora de seguir com a nova ocupação. "Você será colocado em situações de mais pressão. Por isso, precisa ter a certeza de que vai conseguir dar conta e não terá problemas futuros", afirma França.
Para o especialista, o profissional precisa estar preparado psicologicamente e profissionalmente para receber e aceitar a promoção. "Qualquer um pode desenvolver a habilidade de liderança. Há milhares de livros e centenas de treinamentos que buscam desenvolver isso. Mas, acima de tudo, friso a importância da força de vontade. Primeiramente o profissional precisa estar disposto a se tornar um líder".
França ainda pontua que existem dois tipos de líderes disponíveis no mercado. "Há aqueles que nascem com características acentuadas que o credenciam a essa posição, como proatividade, organização e comprometimento. Também existem outros que precisam receber um treinamento. Mas, de modo geral, qualquer um pode aprender as técnicas necessárias para se tornar um bom líder e comandar a equipe de maneira eficaz", explica.